Já sem vestígios da tinta verde que lhe derramaram para a cabeça, Montenegro chegou com um pequeno atraso ao almoço, depois de ter cancelado um contacto com a população em Almada, devido ao episódio desta manhã.
Questionado se está recuperado, o presidente do PSD respondeu que "parcialmente" e criticou a natureza do protesto.
"Para ambientalista, o protesto não foi muito amigo do ambiente, obrigou-me a estar mais de uma hora debaixo de água só para tirar do corpo, e do cabelo sobretudo, os resquícios da tinta utilizada", explicou.
"Tenho a pele irritada no rosto e no pescoço, mas seguiremos", disse.
Questionado se o episódio pode condicionar ou desmobilizá-lo na campanha, respondeu negativamente.
"De maneira nenhuma. Pelo contrário, se contribuiu é para me motivar", disse.
Já sobre as reações de alguns partidos, que lamentaram o caso, Montenegro disse querer agradecer as "manifestações de solidariedade que vieram de todos os quadrantes possíveis e as centenas de mensagens de pessoas", a que pretende responder durante a viagem para Évora hoje à tarde.
Questionado se o episódio pode até resultar a seu favor, respondeu: "Não pretendo nada disso".
De manhã, após ter sido atingido com tinta verde por um jovem à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa, Luís Montenegro reagiu com humor, dizendo: "Estou preparado para tudo".
A PSP já informou que deteve o ativista que atingiu hoje com tinta verde o presidente do PSD, Luís Montenegro, e identificou outros quatro jovens.
Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública refere que detetou um grupo de jovens com comportamentos suspeitos nas imediações Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde está decorrer a BTL, tendo apurado que pertenciam a uma organização ambientalista.
Segundo a PSP, quatro dos cinco ativistas do grupo foram abordados de imediato pela polícia e tinham na sua posse uma lata de tinta que foi apreendida, mas um dos jovens "não foi monitorizado em tempo, motivo pelo qual conseguiu atingir" o líder da Aliança Democrática com tinta verde, bem como outros membros da comitiva.
A PSP refere que o ativista "foi de imediato intercetado e detido", tendo sido apreendida a lata de tinta utilizada para cometer o ilícito criminal.