Incêndios
23 setembro 2024 às 17h35
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Montenegro anuncia acesso a 500 milhões de euros dos fundos de coesão

O primeiro-ministro anunciou que a Comissão Europeia permitiu que Portugal tivesse acesso a 500 milhões de euros dos fundos de coesão destinados para os próximos anos e que serão utilizados para cobrir os prejuízos causados pelos incêndios.

O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que a Comissão Europeia permitiu que Portugal tivesse acesso a 500 milhões de euros dos fundos de coesão destinados para os próximos anos e que serão utilizados para cobrir os prejuízos causados pelos incêndios.

“Conversei com a presidente da Comissão Europeia sobre fonte de financiamento rápida para reparação após os incêndios. Estamos a fazer um levantamento exaustivo de todos os prejuízos. Este diálogo resultou na decisão da Comissão Europeia de permitir que Portugal possa aceder a 500 milhões de euros dos fundos de coesão destinados para os próximos anos e que possa cobrir prejuízos e com taxa de comparticipação que pode chegar aos 100%, para as pessoas terem acesso à própria habitação”, afirmou Luís Montenegro numa conferência de imprensa realizada no Palácio de São Bento.

“Este mecanismo será gerido diretamente pelo Governo, sem qualquer pré-requisito, e será preponderante para sermos rápidos e eficientes, para a vida das pessoas não ser mais penalizada”, acrescentou o líder do Governo, que salientou que está a ser feito um “levantamento exaustivo das investigações” sobre as origens dos incêndios.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Sobre as reuniões com a Iniciativa Liberal e o Chega em São Bento, rejeitou que se tratassem de reuniões secretas. “Prezo, como cidadão, falar sempre a verdade. Já transmiti, através de um comunicado, a dificuldade que tive em marcar uma reunião com o líder do PS. Não há, na residência oficial do primeiro-ministro, reuniões secretas. Primeiro-ministro recebe muitas vezes personalidades, entidades e líderes políticos. Eu próprio, como líder da oposição, também aqui vim muitas vezes sem que os senhores jornalistas soubessem. É uma tradição na democracia portuguesa há várias décadas. Governo está empenhado num OE2025 enquadrado no programa do Governo e que sirva os interesses do país e das pessoas e vai esgotar todas as possibilidades”, vincou.