Transportes
11 julho 2024 às 07h27
Atualizado em 11 julho 2024 às 08h45
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Trabalhadores da Carris estão em greve. Adesão é superior a 90%, diz sindicato

Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem um aumento de 100 euros na tabela salarial, aumento do valor do subsídio de alimentação e evolução para as 35 horas semanais.

Os trabalhadores da Carris, motoristas e guarda-freios, cumprem esta quinta-feira uma greve de 24 horas em protesto pela falta de resposta da administração às reivindicações de aumento real dos salários e de evolução para as 35 horas semanais de serviço. 

A adesão à greve era superior a 90% cerca das 08:00, disse à Lusa o sindicalista Manuel Leal.

"Ainda não consigo dar um número de adesão exato, mas estamos com uma adesão superior a 90% claramente", adiantou à Lusa Manuel Leal, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), elogiando "todos os motoristas e guarda-freios que desde as 22:00 de ontem [quarta-feira] estão a aderir de forma maciça nestas 24 horas de greve".

De acordo com o sindicalista, poucos autocarros e elétricos estavam cerca das 08:00 a circular relativamente ao que deveria ser o serviço normal prestado.

"Vamos ter um plenário, uma concentração na estação da Pontinha por volta das 10:30 para discutir a situação e medidas a tomar quanto ao processo de desenvolvimento da luta para atingir as revindicações", indicou.

A greve foi iniciada pelos trabalhadores da rede da madrugada às 22:00 de quarta-feira, enquanto para os restantes trabalhadores de tráfego teve início às 03:00.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos para a greve, considerando como necessários, nomeadamente, o funcionamento do transporte exclusivo de deficientes, do pronto-socorro e do posto médico.

Segundo o STRUP, o Tribunal Arbitral não acolheu a proposta da empresa, que pretendia "serviços máximos", com a circulação de autocarros. 

No último plenário, em 19 de junho, os trabalhadores consideraram "inadmissível que o Conselho de Administração (CA) da Carris continue sem dar resposta às reivindicações constantes", apesar do "resultado líquido da empresa de 9,5 milhões de euros" assumido pela empresa no relatório e contas de 2023.

Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem um aumento de 100 euros na tabela salarial, aumento do valor do subsídio de alimentação, evolução para as 35 horas semanais, com a inclusão do tempo de deslocação de e para os locais de rendição, e passe para a Área Metropolitana de Lisboa.

Tópicos: greve, Carris, Transportes