A seleção nacional de sub-17 falhou esta quarta-feira a conquista do sétimo título de campeão da Europa deste escalão ao perder a final realizada em Limassol, Chipre, frente à Itália, por 3-0.
Em seis finais com os italianos, as seleções jovens portugueses somaram quarta derrota, depois de já terem perdido a conquista de um títulos europeus de sub-21 (0-1, em 1994), e dois de sub-18/sub-19 (0-2 em 2003 e 0-1 em 2023). Os jovens das quinas sairam vencedores em apenas dois jogos decisivos de Europeus com os transalpinos (1-0 em 1999 e 4-3 em 2018).
Desta vez, o sonho português começou a ruir bem cedo, uma vez que logo aos sete minutos Federico Coletta bateu pela primeira vez o guarda-redes Diogo Ferreira, volvidos quase uma dezena de minutos foi Francesco Camarda a aumentar a amargura nacional. Confirmava-se a tendência desta seleção nacional sofrer muitos golos, afinal tal aconteceu nos cinco jogos anteriores do torneio, num total de sete contra 12 marcados.
A entrada desastrada na partida não retraiu, no entanto, a equipa das quinas, pois Rodrigo Mora, Geovany Quenda, Gabriel Silva e Eduardo Fernandes dispuseram de boas oportunidades para marcar ainda antes do intervalo. Só que a falta de pontaria e a inspiração do guarda-redes italiano Massimo Pessina impediu que Portugal reentrasse, durante o primeiro tempo, na discussão do resultado.
Ainda assim, o intervalo chegou com a esperança fundamentada de que a seleção orientada por João Santos tinha capacidade e talento mais do que suficiente para dar a volta ao resultado, repetindo aquilo que fez nas meias-finais com a Sérvia, quando na segunda parte virou uma desvantagem de 0-2 para um triunfo por 3-2.
Só que os italianos reentraram no relvado do estádio Alphamega a todo o gás. Diogo Ferreira começou por impedir Mattia Mosconi de fazer o terceiro golo, mas nada pode fazer perante Francesco Camarda, ponta-de-lança do ACMilan, que bisou e atingiu os quatro golos no torneio, ficando a um golo do vencedor do prémio de melhor marcador do Europeu, o português Rodrigo Mora, que foi uma das grandes figuras deste Europeu realizado em Chipre, embora tenha estado apagado na final.
Com menos de meia hora para jogar, o selecionador nacional tentou dar uma nova energia à equipa com as entradas de Cardoso Varela (segundo português mais jovem a jogar uma final, só atrás de Bruno Gama), Tiago Ferreira e Afonso Patrão, mas nem isso resultou, pois ao contrário do que aconteceu no primeiro tempo, o guarda-redes Massimo Pessina não foi obrigado a defesas muito complicadas. Na prática, só um cruzamento de Cardoso Varela o obrigou a aplicar-se quando o relógio já marcava 80 minutos.
A seleção italiana controlou o ritmo do jogo e só teve de manter a tranquilidade para alcançar aquele que foi apenas o segundo título europeu de Itália neste escalão de sub-17, também conhecido por juvenis, isto apesar de tere estado em oito finais. O único triunfo tinha sido em 1982, embora em 1987 tenham acabado por perder o troféu conquistado no relvado devido à inscrição irregular de um futebolista.