Foi a 14 de março de 1933 numa cidade de Chicago atingida pelo auge da Grande Depressão, que Quincy Jones nasceu. Ele e o irmão mais novo viveram com a avó - que fora escrava - em Louisville, no Kentucky, numa casa sem eletricidade, antes de voltarem a Chicago e seguirem para o estado de Washington com o pai, como lembra o obituário publicado pela revista Rolling Stone. Aos 11 anos, altura em que se metia em vários sarilhos com os amigos, assaltou um centro recreativo para comer tarte merengada de limão e descobriu um piano, que experimentou e o marcou: “Foi aí que comecei a encontrar paz. Tinha 11 anos. Sabia que isto era para mim. Para sempre”, escreveu na autobiografia Q (inédita em Portugal), citada pela Rolling Stone.
Começou a tocar aos 14 anos numa banda com um jovem dois anos mais velho chamado Ray Charles, chegando a acompanhar Billie Holiday, como lembrou a biografia publicada pelo britânico The Guardian. Estudante de música em Seattle e depois em Boston, mudou-se para Nova Iorque, onde tocou com Elvis Presley e conheceu nomes maiores do jazz como Charlie Parker e Miles Davis. Com 23 anos, foi diretor musical de Dizzy Gillespie.
Em 1958 assinou pela editora Mercury, onde se tornou diretor de música três anos mais tarde. Em 1985 esteve por trás da angariação de fundos para África intitulada We Are The World, que juntou 40 artistas, como Diana Ross, Michael Jackson ou Stevie Wonder. Foi com Michael Jackson que teve um dos maiores sucesso de sempre com o álbum que é, ainda hoje, o mais vendido de sempre: Thriller.