Tânger Corrêa contra “ataque soez” de Sebastião Bugalho

O cabeça de lista do Chega às eleições para o Parlamento Europeu, Tânger Corrêa, disse ao DN que considera ter sido alvo de “um ataque soez” e que “não tem razão” por parte de Sebastião Bugalho. Em causa está um tweet publicado pelo candidato da Aliança Democrática na manhã desta sexta-feira, e em que liga implicitamente o embaixador ao conspiracionismo e antissemitismo, sublinhando que são fenomenos contrários ao regime democrático.

“O conspiracionismo, o antissemitismo mais ou menos dissimilado e tudo o que os acompanha são - foram sempre - inimigos da Democracia”, escreveu Bugalho na rede social X (ex-Twitter), horas depois de o Expresso noticiar que Tânger Corrêa defende teorias da conspiração no seu livro “Do Transiberiano ao Médio Oriente”. Nessa obra, o diplomata de carreira esgrime argumentos contra a imigração de outros continentes para países europeus com base na teoria da grande substituição populacional. 

Já na manhã desta sexta-feira, em entrevista à Rádio Observador, o candidato do Chega referiu que um grande número de judeus não foi trabalhar nas Torres Gémeas a 11 de setembro de 2001, supostamente por terem sido alertados para a possibilidade de haver um atentado nessa data, e disse que o agora presidente francês Emmanuel Macron foi um funcionário da família Rothschild.

Apesar de garantir estar preparado para ataques pessoais durante a campanha para as eleições europeias, Tânger Corrêa disse ao DN que considera “uma coisa extraordinária” ser considerado antissemita por Sebastião Bugalho, muito embora este não o tenha identificado no texto. “Tenho amigos em Israel, vivi várias vezes em Israel e ainda ontem almocei com o embaixador de Israel. Dizer que sou antissemita não passa pela cabeça de ninguém”, disse o também vice-presidente do Chega.