O Sporting acerta esta terça-feira à noite (20.15 horas, SportTV) o calendário da I Liga com a visita a Famalicão, que no dia 3 de fevereiro teve de ser adiado devido a um protesto dos polícias, que colocou por isso a segurança na partida. Dois meses e 13 dias depois, cumpriu-se o desejo do treinador Rúben Amorim, que na altura disse querer jogar esta partida na frente do campeonato. Pois bem, os leões têm agora quatro pontos de avanço sobre o rival Benfica e, em caso de vitória no Minho, aumentam a vantagem para sete pontos. E é por isso que o treinador leonino deixou bem claro o objetivo para esta partida: “Queremos muito ganhar e matar as esperanças dos adversários.”
Rúben Amorim admite que o Sporting está “tão perto de algo tão importante” como é a conquista do 20.º título de campeão da sua história. Nesse sentido, admite que num momento destes “o nervosinho antes dos jogos aumenta”, pois “a equipa quer muito ganhar e sente-se ansiosa”, mas assegurou que ela “está preparada para receber todas as informações”, embora reconheça que “às vezes é preciso puxar para cima e mostrar que ainda falta muito” para o final do campeonato.
No entanto, o treinador recusa dizer que uma vitória em Famalicão é uma espécie de xeque-mate ao título. “Se dissesse isso teria um problema no jogo seguinte. Só quando tivermos a taça na mão é que será o xeque no título. Até lá temos de ganhar os nossos jogos”, alertou.
Um dos temas focados na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com os famalicenses foi o facto de Viktor Gyökeres estar há quatro jogos sem marcar, mais concretamente desde a paragem para as seleções. Rúben Amorim procurou desdramatizar esse facto, lembrando que “quando ele marcava muitos golos dizia que a equipa não dependia só dele”. “Continuamos a fazer golos porque ele dá coisas à equipa e tem a mesma influência”, explicou, deixando uma garantia: “A equipa não depende dele, mas precisa muito dele.”
Neste sentido, Rúben Amorim admite que tem tido conversas informais com o avançado sueco, durante as quais dá “algumas dicas”, mas defende que o importante é que ele “aproveite o momento”. “Fez uma época fantástica e não precisa de estar stressado com os golos. Se aproveitar mais o jogo, a bola vem ter com ele e entra. Ele quer muito marcar, mas tem de aproveitar mais o jogo”, assumiu.
A terminar a quarta época completa como treinador do Sporting, Rúben Amorim pode repetir o feito do primeiro ano quando os leões quebraram o jejum de 18 anos sem conquistar o título nacional, pelo meio levou o Sporting a um segundo e a um quarto lugar, mas a tolerância dos adeptos manteve-se. Amorim considera que esta paciência deve-se ao facto de que no início “a expectativa era baixa”, algo que “ajuda sempre um treinador”. “Fomos campeões na primeira época e isso deu-nos uma margem muito grande. Lutámos até ao fim pelo segundo campeonato e aí tivemos uma quebra. Se o quarto lugar fosse no primeiro ano, não estaria aqui”, explica o técnico leonino, acrescentando que “a identidade bem vincada” da equipa “também ajudou” a ultrapassar os resultados menos bons. “Diria que foi grande parte sorte, porque se a ordem fosse invertida... foi a ordem perfeita”, sublinhou.
Sem querer falar do seu futuro, Rúben Amorim preferiu-se focar num adversário que “será difícil vencer”, mas para o qual garante que a sua equipa está “preparada”, apesar de não poder contar com o lesionadoMatheus Reis.