Educação
09 agosto 2024 às 13h29
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Professores reformados que regressem à docência vão somar salário base à reforma

Salário correspondente ao do professor que entra para o primeiro escalão: cerca de 1.200 ou 1.300 euros líquidos

Os professores reformados que decidam regressar à docência somarão à reforma entre 1.200 e 1.300 euros, o equivalente à remuneração base quando iniciam atividade, disse esta sexta-feira o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

"Estamos a oferecer para além da reforma a que têm direito, a possibilidade de, se regressarem ao sistema, receberem o correspondente ao primeiro escalão da carreira que adicionam à reforma (...). Corresponde ao salário do professor que entra para o primeiro escalão: mais de 2.000 euros brutos e cerca de 1.200 ou 1.300 euros líquidos", disse o governante a jornalistas no Porto à margem de uma visita o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Sobre uma das medidas que faz parte do guião de apoio à organização do próximo ano letivo que o Governo enviou às escolas e no qual colocou no topo das prioridades evitar que os alunos estejam sem aulas, Fernando Alexandre disse que a legislação sobre o regresso à profissão de docentes reformados "está praticamente concluída".

"Terminámos a semana passada as negociações sindicais. Temos o diploma praticamente fechado. Os diretores terão todas as condições para utilizar essas novas formas de gestão", referiu.

Questionado sobre quando os diretores poderão colocar esta medida em prática, o ministro foi direto: "Já em setembro", disse, contrariamente à falta de garantia sobre se haverá professores interessados nesta possibilidade.

"Acreditamos que muitos docentes quando atingem a idade da reforma ainda estão em plenas condições, mantêm a paixão pela educação (...). Até há uma remuneração adicional. Não estamos a contar apenas com a disponibilidade emocional e a generosidade dos professores (...). Mas eu cheguei há quatro meses, apresentamos um plano, a medida existe", referiu o ministro da Educação.

Fernando Alexandre falou, ainda, no número de alunos que está a aumentar.

"Foi uma surpresa. Vivemos um período demográfico muito difícil nas ultimas décadas, mas nos últimos anos tivemos influxo de população estudantil. Para o ano vamos ter mais 20.000 alunos no básico e secundário. Obviamente cria desafios, mas são problemas bons. Temos de atrair novos professores para a docência", terminou.