O primeiro-ministro Luís Montenegro esteve no local do acidente, onde se reuniu com as autoridades locais e, depois, embarcou numa das lanchas de busca e percorreu as margens do rio com uma das equipas de socorro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também esteve no local, juntamente com o primeiro-ministro, depois de ter cancelado a sua agenda.
O primeiro-ministro Luís Montenegro foi confrontado pelos jornalistas com as críticas por ter subido a bordo de uma lancha dos bombeiros e acompanhar as operações.
"Tive a ocasião de poder verificar no local toda a magnitude desta operação, mas sobretudo foi-me permitido estar com os mergulhadores, que estão também eles a desempenhar uma missão muito perigosa. Quis transmitir-lhes também o nosso apreço pelo esforço que estavam e estão a fazer neste momento para tentar encontrar o corpo que falta", justificou o Montenegro.
O líder do governo lembrou que o rio Douro, nesta ocasião do ano, "tem uma grande dificuldade de visibilidade e as operações de mergulho são bastante complexas e perigosas".
"É minha obrigação e responsabilidade, em nome do povo português, estar ao lado daqueles que também arriscam a sua vida, mesmo nesta circunstância trágica, nestas operações. Cumpro a minha obrigação de representar o Governo da República Portuguesa, de representar os portugueses, de poder acompanhar aquilo que foi e é um episódio muito triste e de poder enaltecer o trabalho de todas as Instituições e dos seus responsáveis que estão aqui a dar tudo o que têm. São mais de 122 operacionais que estão neste momento em execução de tarefas e de missões", destacou o primeiro-ministro.
Questionado se a sua presença não podia desviar as atenções do essencial, da busca e resgate dos ocupantes, Luís Montenegro refutou essa possibilidade.
"Sinceramente creio que a presença de primeiro-ministro não foi motivo de nenhuma perturbação nas operações de busca. Fazer disso crítica ou caso, francamente, acho que é um desrespeito pelas Instituições. Já não digo por mim, porque eu sou muito pouco importante a esse respeito. Mas as Instituições que eu represento como primeiro-ministro, o povo português que eu represento, estas mulheres e estes homens da Guarda Nacional Republicana, dos bombeiros, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, das Forças Armadas, da Marinha, do Exército, da Força Aérea, merecem que os responsáveis pelas tutelas destas áreas possam estar ao seu lado. Não tive nenhuma intervenção nem pretendo ter do ponto de vista operacional, mas tenho um enorme respeito por aquilo que estes homens e mulheres estão a fazer", argumentou Luís Montenegro.