O sistema elétrico estabeleceu novos máximos históricos na produção de energia com origem em fontes renováveis no último domingo, com a produção de energia eólica a atingir 110,4 GWh [gigawatts-hora] e a bombagem hidroelétrica a alcançar 41,7 GWh, anunciou esta terça-feira a REN - Redes Energáticas Nacionais.
"No que diz respeito à produção de energia eólica, devido ao vento forte e constante que se fez sentir durante todo o dia, o total de 110,4 GWh superou o recorde anterior de 108,0 GWh, registado a 17 de outubro de 2023", lê-se na nota emitada, com a REN a realçar que "a energia eólica produzida no passado domingo representou 86% do consumo nacional".
"Este ano, a produção acumulada desta energia renovável representa 27% do consumo nacional, enquanto a energia solar contribuiu com cerca de 10%".
Ao mesmo tempo, "a elevada disponibilidade de fontes de energia renovável", tanto em Portugal como em Espanha, "levou ainda à maior utilização de sempre da bombagem hidroelétrica em Portugal no mesmo dia, com um total de 41,7 GWh". A REN indicou que aquele valor é superior em 24% ao recorde anterior de 33,7 GWh, registado a 1 de maio de 2024, o que "demonstra a capacidade do sistema elétrico nacional de se adaptar à maior disponibilidade de energia renovável na Península Ibérica".
Em outubro, a REN anunciou também que a energia produzida até 5 de setembro já "igualou a totalidade da energia produzida durante todo o ano de 2023", tendo sido gerados 3,99 TWh [terawatts-hora], ultrapassando os 3,6 TWh produzidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023". Além disso, o sistema elétrico nacional tinha registado "um pico de produção solar de 2640 MW [megawatts] no passado dia 14 de agosto, às 13h15", um máximo muito acima do recorde de 1822 MW produzidos pelos painéis solares nacionais, registado em setembro de 2023.
De acordo com os últimos dados da REN, 73% do consumo de eletricidade em Portugal teve origem na produção de energia renovável, entre janeiro e setembro.
"A produção de energia solar foi responsável por 10% deste abastecimento, um crescimento de 35% em comparação com o ano anterior, tendo a energia hidroelétrica sido responsável por 31%, a eólica por 26%, a biomassa por 6%, enquanto a produção a gás natural abasteceu 8%. Os restantes 19% correspondem a energia importada. Em setembro, a produção renovável abasteceu 55% do consumo, a produção não renovável 10%, enquanto os restantes 35% corresponderam a energia importada", lê-se numa outra nota divulgada em outubro.