A oferta do mercado residencial português foi reforçada em 27 248 fogos em 2023, um aumento de 9,2% face ao ano anterior. De acordo com os dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 23 652 casas referem-se a construções novas para habitação familiar e traduzem um crescimento anual de 12,8%.
Esta dinâmica está ainda assim muito longe de responder às necessidades do país. A AICCOPN (associação do setor da construção) estima que seja necessário construir 45 mil casas por ano para mitigar a crise habitacional.
No ano passado, foram também licenciados em Portugal 39096 fogos, o que representa um aumento de 3,1% em comparação com 2022. Deste volume, 32 519 são unidades residenciais novas, traduzindo uma subida de 6% em relação ao ano anterior.
Já o licenciamento de edifícios conheceu uma quebra em 2023. Segundo o INE, foram licenciados 23 439 edifícios em Portugal, uma redução de 6,1% face a 2022. Para habitação familiar, foram licenciados 14 042 edifícios, o que significa uma diminuição de 9,4%. No volume total dos edifícios licenciados, 59,9% corresponde a construções novas para habitação familiar, o que traduz uma quebra de 2,2 pontos percentuais.
Os edifícios licenciados para construção nova representaram 74,1% do total e as intervenções de demolição corresponderam a 5,7% das obras licenciadas em 2023.
No ano em análise, o INE estima que tenham sido concluídos 17 266 edifícios, mais 1,1% do que em 2022. As obras concluídas em construções novas para habitação de famílias representaram 64,6% dos total concluído, um acréscimo de 3,1 pontos percentuais.
No que se refere a obras de reabilitação, verificou-se um decréscimo de 9,1% no total de empreitadas concluídas, totalizando 3 045 edifícios. Em 2023, foram licenciados 4 750 edifícios para reabilitação, o que representa um aumento de 5% face a 2022.