Negociações para o OE2025
23 setembro 2024 às 16h52
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Pedro Nuno Santos: "Governo não está interessado em negociar. Quer eleições antecipadas"

Líder do Partido Socialista diz que “passaram a ideia que o PS era o parceiro preferencial”, mas que não é isso que se verifica. 

Pedro Nuno Santos afirmou esta segunda-feira, em Baião, que o Governo tem a intenção de que se realizem eleições antecipadas.

“Não há razão para o OE seja inviabilizado. O Governo tem a intenção de eleições antecipadas, não está interessado em negociar”, afirmou o líder do Partido Socialista.

Sobre as reuniões entre o Governo e a Iniciativa Liberal e o Chega, Pedro Nuno Santos frisou que “passaram a ideia que o PS era o parceiro preferencial”, mas que não é isso que se verifica. 

“Passaram a ideia que o PS era o parceiro preferencial. Não somos contra o governo negociar com quer que seja, está direito de o fazer, não se pode é passar a ideia de que o PS é o parceiro preferencial. Agora se percebe o comunicado de ontem”, disse. 

No domingo, foi marcada a primeira reunião entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, para debater o OE 2025, que se realizará na sexta-feira, às 15:00.

A informação foi transmitida à Lusa por fonte do executivo cerca de uma hora depois de o primeiro-ministro ter enviado um comunicado às redações a acusar o secretário-geral do PS de "indisponibilidade recorrente" para uma reunião sobre o documento, alegando que está a tentar marcar esse encontro desde 4 de setembro.

Em resposta, o líder do PS acusou o Governo de provocar os socialistas com um "comunicado inaceitável" sobre o processo negocial do Orçamento do Estado para 2025 e querer criar uma "indesejável instabilidade política", rejeitando alimentar "discussões infantis e estéreis".

Já hoje, à margem de uma visita às áreas afetadas pelos incêndios em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, Pedro Nuno Santos PS salientou que é essencial para os socialistas que qualquer reunião que venha a acontecer com o Governo seja do conhecimento público prévio.

"Não há, nem pode haver reuniões secretas", defendeu.