À terceira foi de vez. Aos 28 anos, Filipa Martins tornou-se na primeira ginasta portuguesa a qualificar-se para uma final Olímpica de ginástica artística (na competição de all-around).
Naquela que é a sua terceira participação em Jogos Olímpicos, Filipa Martins garantiu um lugar entre as melhores 24 ginastas, após duas tentativas em Jogos anteriores: no Rio de Janeiro, em 2016, alcançou um 37.º lugar e em Tóquio 2020 não foi além do 43.º posto.
No final da qualificação, a ginasta natural do Porto assumiu estar “um bocadinho emocionada”, depois de ter feito algo que nunca tinha imaginado “fazer na vida, na ginástica portuguesa”. “Acho que nos superámos a todos os níveis e estou superorgulhosa do nosso trabalho”, afirmou.
Admitindo haver coisas que podiam ter sido executadas “um bocadinho melhor”, Filipa Martins revelou que o salto que lhe valeu a melhor pontuação (um Yurchenko com dupla pirueta) é treinado desde “2014 ou 2015”, mas “é tão arriscado que há sempre medo de o meter em competição”. “É bastante difícil e bastante arriscado”, explicou.
Ao final da tarde, já depois da confirmação da qualificação para a final, Filipa Martins assumiu que a sua presença na final “será a medalha de ouro” pessoal.
A final disputar-se-á na próxima quinta-feira, dia 1 de agosto, a partir das 17.15 horas.
Mais cedo, a mesatenista Fu Yu venceu a sul-coreana por Jihee Jeon, número 14 do mundo. Em pouco mais de meia hora, Fu Yu venceu quatro sets (11-7, 11-4, 13-11, 11-9) e, no final, classificou o triunfo como uma “surpresa” devido à facilidade com que venceu. O segredo, disse, “foi estar melhor e jogar até acabar”. “Acredito que ninguém esperava esta vitória minha. Ninguém esperava, de certeza. Eu acreditava”, disse.