Ao fim da noite desta quarta-feira, o incêndio que teve início na Amora estava já em fase de rescaldo no concelho do Seixal, mas mantinha-se mantendo-se ainda ativo no concelho de Sesimbra, mobilizando no combate mais de 480 operacionais.
Isto depois de dois grupos de bombeiros da região de Lisboa, com 56 operacionais e 18 viaturas, se terem juntaram-se aos mais de 400 elementos envolvidos no combate ao incêndio que teve início na quarta-feira à tarde.
O vento forte é o que está a dificultar mais o combate, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
"Temos como previsão dominar o incêndio durante a noite, mas vento mantém-se com alguma intensidade e é o principal fator a dificultar o combate", explicou Sérgio Moura, o comandante da sub-região da Proteção Civil da Península de Setúbal.
O presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, adiantou numa nota na rede social Facebook, publicada pelas 23:12, que o fogo entrou em fase de rescaldo no seu concelho.
"O fogo encontra-se no entanto ainda ativo no concelho de Sesimbra pelo que todos os meios continuam a operar no terreno. Desta forma apelamos a todos que mantenham a calma e a serenidade e que possam cumprir as orientações das forças de segurança e da proteção civil", pode ler-se.
Paulo Silva deixou ainda um agradecimento em nome do município do Seixal a todas as autoridades que "desde o início estiveram no terreno e desenvolveram todos os esforços para que a população se mantivesse em segurança".
"A todos deixo o meu sincero reconhecimento. Foi pelo seu empenho e excelente trabalho desenvolvido que no concelho as pessoas e habitações não sofreram quaisquer danos, havendo no entanto a lamentar a área florestal ardida. (...) Igualmente agradeço às centenas de populares que foram levar água, leite e comida aos bombeiros (apesar da Câmara Municipal do Seixal ter providenciado todo este apoio) e que demonstraram a solidariedade do povo deste concelho", destacou ainda.
Segundo revelara à Lusa o Comando sub-regional da Península de Setúbal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os dois grupos de bombeiros da capital deslocaram-se à península de Setúbal para ajudarem no combate ao incêndio que continuava então ativo, com duas frentes..
Segundo a mesma fonte, a Estrada Nacional (EN) 377, onde, cerca das 19:30, a circulação automóvel já era difícil devido ao fumo intenso, tinha sido, entretanto, cortada ao trânsito.
Fonte do Comando Sub-Regional da Península de Setúbal indicou à Lusa que houve "habitações e uma bomba de gasolina" nas proximidades do incêndio. É neste local, na Herdade da Apostiça, que estão viradas as atenções nesta altura, pois fica perto do paiol de munições da NATO, referiu à SIC o presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro.
Num balanço feito às 20h, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Setúbal, Sérgio Moura, referiu que a maior dificuldade no combate às chamas era o vento forte que se fazia sentir na região. Devido às condições de visibilidade, a estrada que liga o paiol da NATO a Alfarim foi cortada.
Nas declarações que fez, o responsável afirmou que "não há, nem houve, em qualquer altura" habitações ameaçadas. O único dano a registar até então foram "seis carros, em propriedade privada", cujo dono não se encontrava no local.