A Câmara Municipal de Paços de Ferreira está a ser alvo de buscas e pesquisas informáticas durante a manhã desta sexta-feira, tendo em vista a apreensão de documentos físicos, dados e documentos informáticos e outros meios de prova, informa a Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
Em causa uma operação que investiga um eventual crime de poluição no Rio Ferreira, área do munícipio pacense.
O inquérito está a correr termos no DIAP a Procuradoria da República do Porto Este.
As "diligências estão a ser executadas pela Guarda Nacional Republicana (GNR) através das suas estruturas de Investigação Criminal (IC) e de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), e pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) através da Equipa de Inspeção Ambiental, sob a direta orientação e na dependência funcional do magistrado do Ministério Público titular do inquérito", indica o comunicado.
A GNR e a IGAMAOT estão a dar cumprimento a 11 mandados de busca domiciliária e nove mandados de busca não domiciliária, designadamente a entidades públicas. Além da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, as buscas estendem-se a sociedades comerciais, nas áreas territoriais das comarcas do Porto Este, Porto, Braga, Coimbra, Guarda, Leiria e Lisboa.
Na operação estão envolvidos cerca de 100 militares da GNR e 19 inspetores da IGAMAOT, bem como o Magistrado do Ministério Público titular do inquérito.
Não foram emitidos mandados de detenção.
A investigação foi iniciada há três anos "e as diligências em curso destinam-se obter prova em locais físicos e sistemas informáticos referenciados nos autos como suspeitos de a conter", indica a nota.