Inicialmente ativado até às 23.59 horas de terça-feira, o estado de alerta devido aos incêndios vai ser estendido até quinta-feira. O anúncio foi por Luís Montenegro, primeiro-ministro, na sede operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Falando ao lado do Presidente da República, o primeiro-ministro expressou “solidariedade” para com as vítimas dos incêndios e anunciou ainda que, além de cancelar a sua agenda, o Governo criou uma “equipa multidisciplinar”, constituída por vários ministérios, desde a Saúde à Coesão Territorial, para poder “estar em diálogo direto” e tratar do “apoio mais urgente e necessário” para as populações afetadas nos concelhos mais fustigados pelas chamas.
Além disso, disse o chefe do Governo, “as próximas horas [até quinta-feira] serão muito difíceis”. Como tal, deixou um pedido: “A população deve respeitar aquelas que são as indicações das autoridades, que muitas vezes vão contra os instintos mais diretos, mas que é pelo bem de todos. Temos de nos juntar para combater o inimigo comum que é o fogo.”
Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, revelou ter cancelado uma “deslocação que tinha a Espanha” e que não vai “mais perto” do teatro de operações “para respeitar os operacionais” -- algo que já tinha defendido aquando dos incêndios na Madeira, no mês passado.
Deixando um “agradecimento à União Europeia” pela forma como respondeu ao pedido de ajuda ao país, o Presidente da República destacou ainda “que o número de ocorrências subiu a pique, e isso obriga a um esforço imenso. Até porque estes não são incêndios na faixa florestal clássica, mas sim muito perto de zonas povoadas e da faixa urbana”. Tanto Marcelo Rebelo de Sousa como Luís Montenegro deixaram ainda uma palavra às famílias das vítimas mortais.