Paris2024
03 agosto 2024 às 16h53
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Belga Evenepoel campeão olímpico de fundo, Nelson Oliveira foi 33.º e Rui Costa 46.º

Evenepoel tornou-se o primeiro ciclista a conquistar os dois títulos de estrada na mesma edição dos Jogos.

O ciclista belga Remco Evenepoel sagrou-se este sábado campeão da prova de fundo dos Jogos Olímpicos Paris2024, tornando-se o primeiro a juntá-lo ao título de contrarrelógio, com Nelson Oliveira a ser o melhor português, na 33.ª posição.

Evenepoel tornou-se o primeiro ciclista a conquistar os dois títulos de estrada na mesma edição dos Jogos, ao concluir os 273 quilómetros em 6:19.34 horas, com partida e chegada no Trocadéro, menos 1.11 minutos do que o francês Valentin Madouas, medalha de prata, e menos 1.16 do que o também francês Christophe Laporte, terceiro.

Nelson Oliveira, que foi sétimo no contrarrelógio, terminou a 3.42 minutos de Evenepoel, com Rui Costa em 46.º, a 7.23 minutos. 

Nelson Oliveira despediu-se emocionado dos Jogos Olímpicos, assumindo que a sua quarta participação será, provavelmente, a última como ciclista, e que sai de cabeça erguida de Paris2024, depois de ter dado tudo.

"Os primeiros Jogos Olímpicos, tanto meus como do Rui [Costa], foi em Londres, e aqui terminámos em Paris, provavelmente os nossos últimos Jogos Olímpicos. Mas saímos acho que de cabeça erguida. Infelizmente, as coisas não correram como nós esperávamos, é verdade. Esperávamos dar outra alegria aos portugueses, mas infelizmente não foi possível", começou por dizer o primeiro 'diplomado' português na capital francesa.

Sétimo no contrarrelógio há uma semana, Nelson Oliveira foi hoje 33.º na prova de fundo, a 03.42 minutos do vencedor, o belga Remco Evenepoel.

"Demos o nosso melhor e tentámos tudo para sair daqui bem e saímos, acho eu. [...] A ideia era tentar ajudar o Rui no máximo possível, infelizmente ele teve um pequeno furo na parte final, conseguiu terminar, mas é assim o ciclismo, por vezes as coisas não saem como a gente deseja", lamentou. 

Já Rui Costa lamentou ter sofrido um percalço na primeira subida a Montmartre, naqueles que foram os seus últimos Jogos Olímpicos, reconhecendo que acreditava que podia conquistar uma medalha em Paris2024 na prova de fundo do ciclismo de estrada.

"Não sei se foi furo ou perda de pressão, o que é certo é que impossibilitou-me de poder dirigir nas curvas, era impossível. Era um momento crucial da corrida, a corrida ia lançada. Quando aconteceu isso, já sabia que seria impossível regressar ao grupo. O carro também tardou muito a chegar", revelou o campeão mundial de fundo de 2013.

Este sábado, Rui Costa, também olímpico em Londres2012 (13.º) e Rio2016 (10.º), foi 46.º, a 07.23 minutos do vencedor, o belga Remco Evenepoel, após uma jornada de azares.

"Posso dizer que a entrada no percurso não foi muito boa. Nos paralelos também perdi o bidão, andei uma volta sem me hidratar. E pronto, depois realmente as coisas acabaram de complicar quando tive o furo. Foi o perder da prova", analisou.