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20 janeiro 2024 às 22h38
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Guarda-redes Maignan abandona Udinese-Milan por insultos racistas

O jogador francês deixou o campo em protesto, o que obrigou o árbitro a interromper a partida ainda na primeira parte.

O guarda-redes francês Mike Maignan abandonou este sábado o relavado durante o jogo entre a Udinese e o AC Milan por estar a ser alvo de insultos racistas. O encontro da 21.ª jornada da Série A italiana esteve mesmo interrompido vários minutos ainda durante a primeira parte, na sequência do abandono de campo do jogador do AC Milan, em sinal de protesto pelos insultos que recebia dos adeptos adversários presentes nas bancadas.

Através das instalações sonoras do estádio foi pedido aos adeptos da Udinese que parassem com os insultos e, quatro minutos depois, ainda com alguns jogadores da equipa anfitriã a pedirem explicações aos seus próprios seguidores, Maignan e os seus companheiros regressaram ao campo, tendo o árbitro reiniciado a partida, mas alertado que interromperia a mesma em definitivo se os insultos retomassem.

O AC Milan, que na altura vencia por 1-0, golo de Ruben Loftus-Cheek, aos 31 minutos, acabou por triunfar por 3-2, com os golos do triunfo a surgirem na reta final, por Luka Jovic, antigo jogador do Benfica, aos 83, e por Okafor, aos 90+3, numa nova reviravolta no marcador, depois de a Udinese ter virado uma primeira vez, com golos de Samardzic, aos 42, e de Thauvin, aos 62.

André Leão foi titular no AC MIlan, tendo sido substituído aos 90+3, enquanto João Ferreira cumpriu os 90 minutos pela eqiupa de Udine.

Ainda em reação ao incidente verificado com Maignan, a Liga italiana reagiu já durante a partida, tendo, em mensagem na sua conta do 'X', deixado: "A LIGA SERIE CONDENA TODA A FORMA DE RACISMO".

A AS Roma venceu entretanto o seu primeiro jogo sem José Mourinho, mas ainda persistiram alguns assobios para a equipa orientada por Daniele De Rossi, embora mais destinados à direção do clube romano, num dia em que a AS Roma contou com o guarda-redes luso Rui Patrício ao longo dos 90 minutos, enquanto João Costa se manteve no banco na vitória por 2-1 sobre o Verona.

Perante cerca de 60.000 adeptos no Olímpico de Roma, o primeiro golo demorou 19 minutos para aparecer, através do belga Romelu Lukaku, o primeiro golo desde 23 de dezembro, tendo, seis minutos mais tarde, o capitão Lorenzo Pellegrini, um dos jogadores mais criticados pelos 'tifosi' romanos, ampliado a contagem.

No entanto, a exemplo do que sucedia na 'era' Mourinho, a equipa mostrou uma face completamente diferente na segunda parte, tendo sido completamente dominada a partir dos 76 minutos, quando sofreu o golo de Michael Folorunsho, num lance em que Rui Patrício poderia ter feito muito melhor.