O exército israelita afirmou esta terça-feira ter matado um alto responsável do Hamas que liderou o assalto à comunidade de Netiv Ha'asara, durante os ataques do grupo islamita e outras fações palestinianas realizados em 07 de outubro em Israel.
"Numa operação conjunta do exército e dos serviços de informação interno (Shin Bet), a força aérea atacou um complexo onde operavam militantes do Hamas na Cidade de Gaza", anunciaram os militares num comunicado.
Na operação, oito militantes do batalhão Daraj Tuffah do Hamas perderam a vida, incluindo o comandante Ahmed Fauzi Naser Muhamad Wadiya.
Segundo os militares israelitas, Wadiya participou na invasão da comunidade de Netiv Ha'asara -- localizada próxima da fronteira norte de Gaza -, na qual entrou através de parapente e liderou o ataque em 07 de outubro.
"Wadiya é o terrorista que bebeu uma Coca-Cola dentro da casa da família Taasa, diante dos filhos de Gil Taasa, que sobreviveram ao após os milicianos terem assassinado o seu pai em 07 de outubro", referiu o comunicado militar.
O exército estava a referir-se a um vídeo em que Wadiya aparece a beber Coca-Cola junto ao frigorífico da família, logo após ter assassinado o pai dos menores, que estavam em casa no momento do ataque.
O bombardeamento ocorreu nas imediações do hospital Al-Ahli, na capital de Gaza, no norte, e um dos centros mais importantes da zona, embora o exército israelita tenha insistido que o ataque não afetou a clínica.
Além disso, os militares de Israel indicaram que no ataque mataram outro miliciano de alto escalão.
"Antes do ataque, foram tomadas várias medidas para mitigar o risco de ferir civis", acrescentou o exército, utilizando uma frase que utiliza regularmente quando ataca locais protegidos pelo direito internacional humanitário, como escolas ou hospitais.
Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, a cidade de Gaza sofreu essa noite um bombardeamento a sul do bairro de Zeitoun, no sudeste, que atingiu uma casa de família.
Até ao momento, os meios de comunicação palestinianos não deram detalhes sobre o ataque próximo ao hospital Al-Ahli.
O número de mortos na Faixa de Gaza, maioritariamente mulheres e crianças, aumentou para 40.786 desde o início da guerra, além de 94.224 feridos, segundo o Governo do enclave, liderado pelo Hamas.