Artur Jorge deixou esta quarta-feira de ser, oficialmente, treinador do Sporting de Braga para se tornar no quarto português a orientar uma equipa no Brasileirão, juntando-se a Abel Ferreira (Palmeiras), António Oliveira (Corinthians) e Pedro Caixinha (RB Bragantino). O técnico de 52 anos deixa os minhotos no quarto lugar da I Liga a dois pontos do FC Porto e depois de ter conquistado a Taça da Liga para assumir o Botafogo, que irá ser um dos candidatos ao título no Campeonato Brasileiro, que começa no dia 12 de abril.
Esta mudança estava há muito anunciada, mas só ontem foi acertada entre Artur Jorge e o proprietário do clube do Rio de Janeiro, o norte-americano John Textor, após vários avanços e recuos nas negociações com António Salvador, presidente do Sp. Braga, que não ficou muito satifeito com a situação, algo que fez questão de frisar numa conferência de imprensa: “Artur Jorge acertou um contrato à revelia do clube e criou todas as condições para não continuar. Enquanto presidente, restou-me defender ao máximo os interesses do clube.”
O líder do minhotos foi ainda mais longe dizendo que teve conhecimento “por acidente” de um encontro entre o técnico e John Textor em Matosinhos “na segunda-feira passada”, acusando Artur Jorge de ter colocado “o projeto em causa”.
“Tornou-se claro para mim e para todos no plantel e na estrutura que a posição de liderança que um treinador deve assumir se encontrava irremediavelmente comprometida, ameaçando o sucesso da época em curso e a visão a médio e longo prazo que sempre nos orientou”, sublinhou, acrescentando que não lhe restou outra alternativa que não fosse a de acertar as condições da compensação financeira que será paga pelo Botafogo e que não foi revelada, mas que estará longe dos 10 milhões que constavam da cláusula de rescisão do técnico.