Leão deu boa música com acordes de Quenda

O Sporting venceu o Athletic Bilbao por 3-0 e com boa exibição, em jogo a contar para o Troféu Cinco Violinos que levou 35 mil adeptos a Alvalade, marcado, antes do pontapé de saída, pela emotiva despedida dos adeptos leoninos a Seba Coates, o mais emblemático capitão dos leões pós-Manuel Fernandes. De resto, todos os jogadores do Sporting alinharam com o nome de Coates nas camisolas.

O onze apresentado por Rúben Amorim foi o seguinte: Kovacevic; Eduardo Quaresma, Debast e Gonçalo Inácio; Geovany Quenda, Hjulmand, Morita e Geny Catamo; Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves. Quenda foi a grande novidade, no lugar do lesionado Nuno Santos, embora tenha jogado como ala direito, com Geny a derivar para a esquerda.

O Sporting fez uma primeira parte em bom nível e chegou ao golo logo aos 10’, por Pedro Gonçalves, assistido por Gyokeres. E com o miúdo Quenda completamente “saído da casca”, através de rápidas incursões pela direita, onde foi muito mais extremo do que ala, com as suas costas a serem guardadas por Eduardo Quaresma.

Na sua primeira aparição na equipa principal aos olhos do grande público, o jovem de 17 anos mostrou por que razão é apontado como a “the next big thing” da Academia e esteve pertíssimo do golo em duas ocasiões.

Os leões exibiam-se no mesmo registo da gloriosa época transata, através do seu futebol de pé para pé, já com Hjulmand a assumir-se como o pêndulo do meio-campo, Pedro Gonçalves a espalhar classe e Gyökeres… a ser Gyökeres, sem parar um segundo e aparentemente em boa forma física. Destaque ainda para Debast, que nos 68’ em que esteve em campo, mostrou bom posicionamento, excelente técnica (embora dê ideia que por vezes exagera no excesso de confiança com que sai a jogar).

No recomeço, Fresneda surgiu no lugar de Geny Catamo e o Athletic Bilbao apareceu bem melhor, com quatro aproximações relativamente perigosas nos primeiros dez minutos, todas aproveitando perdas de bola dos visitados no seu próprio meio-campo. Gyökeres, ainda sem capacidade para jogar muitos minutos, foi rendido aos 59’ por Rodrigo Ribeiro.

Depois de um início de segundo tempo pouco conseguido, os leões assentaram o seu jogo, embora sem atingir o brilho pré-intervalo, até porque Quenda esteve muito mais discreto. Aos 68’ foram lançados em campo Franco Israel, João Muniz, Matheus Reis, Daniel Bragança e Marcos Edwards.

Até ao final, registo para os belos desenhos do segundo e terceiro golos. O primeiro, de Edwards, após assistência de Matheus Reis, mas com o grande mérito da jogada a ser de Daniel Bragança; o segundo, apontado por Trincão, de novo com assistência de Matheus Reis, mas com Mateus Fernandes (que bem entrou na partida!) e Rodrigo Ribeiro a terem importância decisiva.