A longa fila começou ainda durante a tarde de sábado em frente ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Crianças, jovens e adultos seguravam bandeiras do Brasil e a bandeira do estado do Pará, de vermelha com uma estrela ao centro. A espera era pela artista brasileira Joelma, conhecida por ser uma das melhores dançarinas do Brasil, com uma habilidade única de dançar e cantar ao mesmo tempo - , sempre com botas de salto plataforma.
O concerto em Lisboa, com casa cheia, faz parte da digressão pela Europa, que já passou por Zurique, Bruxelas e terá a próxima paragem em Londres. A apresentação marca o regresso da artista aos palcos europeus, agora em carreira solo, iniciada em 2016. Joelma fazia parte da banda Calypso, lançada em 1999, ao lado do então então marido da cantora, Chimbinha, guitarrista da banda.
A brasileira revelou ter sido vítima de violência doméstica do marido e de traições, o que levou ao fim do casamento e da parceria musical. Em poucos meses, aretomou a carreira, com o lançamento de um novo álbum. Apesar de nunca ter deixado de ser um sucesso, foi nos últimos dois anos que Joelma começou a viver um novo momento, como a própria revelou ao DN minutos antes do concerto.
“Estou muito feliz e realizada. Eu achei que estava na calmaria, que ia me aposentar, mas surgiu esse boom. Entendi o recado, que não é era para parar ”, diz. Com 25 anos de carreira, fãs não faltam, mesmo em terras estrangeiras. Ao desembarcar no Aeroporto de Lisboa, um grande número de pessoas a esperava por ela, e foi recebida com carinho, flores e presentes do público.
“Foi uma grande surpresa, acompanharam-me até aqui no local do concerto. É muito bom ouvir das pessoas que a minha música faz bem, que as ajudou em casos de depressão, por exemplo”, explica Joelma. Apesar do atraso de 1h30 para o início do concerto, o público pareceu não se importar pela espera. Quando a artista subiu ao palco, metade da multidão dividia-se em filmar a primeira faixa Juras de amor ou dançar a coreografia da música.