Cinema
26 novembro 2024 às 11h14
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Vaiana 2 é a heroína que levou Disney a quebrar barreiras tecnológicas-criadores

"Vaiana 2", que se estreia nos cinemas portugueses a 28 de novembro, é a sequela do filme de 2016 nomeado para dois Óscares.

A nova aventura em "Vaiana 2" levou a Disney a quebrar barreiras tecnológicas do que era possível fazer em animação e marca o regresso de uma heroína favorita da audiência, disseram à Lusa os criadores do filme.

"Uma das coisas mais incríveis é que no final da história há uma tempestade incrível, diferente de tudo o que alguma vez fizemos na Disney Animation", disse o realizador David G. Derrick, em entrevista à Lusa na sede dos estúdios em Burbank. 

"Durante muito tempo pensámos em como é que íamos fazer isto funcionar", indicou. "É maior que qualquer outra coisa que já fizemos tecnologicamente". 

Vaiana e a sua tripulação terão de enfrentar um deus de tempestades que dividiu o oceano. "Não só iremos a localizações mais diversas como há certos cenários que elevam ainda mais a fasquia que os do primeiro filme", disse Derrick. "Essa é a premissa". 

"Vaiana 2", que se estreia nos cinemas portugueses a 28 de novembro, é a sequela do filme de 2016 nomeado para dois Óscares. Segundo explicou a realizadora e argumentista da nova aventura, Dana Ledoux Miller, a animação tornou-se uma das mais vistas em 'streaming' em todo o mundo. 

"A Vaiana é tão adorada. Foi isso que aconteceu nos últimos oito anos, tornou-se numa heroína com quem as pessoas realmente se identificam e conectam", afirmou a cineasta. "Para nós, foi importante ter isso em mente e neste segundo filme não tentámos reinventar quem ela era". 

A ação recomeça três anos depois dos eventos do primeiro filme e mostra uma Vaiana que cresceu e se habituou a uma posição de liderança. Os criadores inspiraram-se em diferentes mitos e histórias do Pacífico que refletem identidades diversas mas com fios condutores semelhantes. Por exemplo, a ligação à natureza, ao oceano e às tempestades. 

"A Vaiana é uma personagem que existe na antiguidade do Pacífico, por isso criámos a nossa própria história com inspiração na realidade", disse Dana Ledoux Miller. 

A cineasta espera que o novo filme apele a audiências diversas e tenha um impacto similar ao primeiro. "Sabemos que ela tem uma ressonância mais forte que muitos filmes", frisou. "Esperamos que as pessoas vejam o cuidado e paixão que colocámos nesta história, que na verdade é como ir numa nova aventura com uma velha amiga". 

O realizador Jason Hand contou que algum do 'feedback' mais apaixonado dos fãs foi tido em conta na construção da nova história. Por exemplo, puseram Pua na canoa desta vez porque tanta gente pediu para ver mais do porquinho de estimação de Vaiana. E o galo Heihei, referiu, está tonto como sempre. 

"No primeiro filme, foi tudo em torno de a Vaiana encontrar o seu passado e o que o seu povo deveria ser", afirmou Hand. "Neste, é sobre encontrar o futuro para as suas gentes, por isso é muito diferente nesse sentido".

O realizador falou do aspeto desafiante de criar uma sequela para um filme tão popular, cuja banda sonora foi aclamada e a canção de Auli'i Cravalho (que tem ascendência portuguesa) "How Far I'll Go", composta por Lin-Manuel Miranda, foi nomeada para um Óscar. 

A questão sobre se as novas músicas eram boas o suficiente foi respondida positivamente, disse Hand. "As nossas incríveis compositoras [Abigail] Barlow e [Emily] Bear entregaram canções incríveis", considerou o realizador. 

Na versão portuguesa, Vaiana é interpretada por Luz Fonseca, com Pedro Bargado a dar voz a Maui, Custódia Gallego como avó Tala e João Didelet como Kele.

"Vaiana 2" é a grande aposta da Disney para o feriado do dia de Ação de Graças, um dos mais importantes dos Estados Unidos.

O filme estreia-se a 27 de novembro no mercado norte-americano e no dia seguinte em Portugal.

Tópicos: Vaiana 2, Cinema, Disney