Foram 17 dias em Paris, que terminam com um “balanço positivo” e com o objetivo cumprido de conquistar quatro medalhas. E o Comité Olímpico de Portugal (COP) já olha para Los Angeles2028.
Em conferência de imprensa, Marco Alves, o chefe da missão portuguesa, anunciou que “estes resultados” serão capitalizado “junto do Governo”, como aconteceu com os Jogos Olímpicos de Tóquio. No final dessa edição, foram feitas “várias propostas de alteração, algumas puderam ser consignadas, outras nem tanto”. Mas a esperança é que se possa “renovar estes votos, renovar um conjunto de alterações que podem fazer sentido para preparar os próximos Jogos”. “É nesse contexto que iremos trabalhar. Temos já uma agenda fechada com o Governo sobre esse tema. Iremos trabalhar nesse sentido para que possam, efetivamente, ser criadas cada vez melhores condições aos nossos atletas”, completou Marco Alves.
Esta edição dos Jogos Olímpicos ficou também marcada por queixas dos atletas nacionais, sobretudo em relação às condições de treino. Filipa Martins, ginasta, queixou-se de não ter possibilidades de ter “uma estrutura de apoio, um acompanhamento diário”; Rui Oliveira, campeão olímpico de madison, pediu “mais apoio” e disse ter esperança de que ajudassem “mais” e pediu que “não se lembrem só daqui a quatro anos” que o ciclismo existe e que “só pensem em medalhas”; Pedro Pablo Pichardo, prata no triplo salto, foi talvez o mais vocal a expressar-se, dizendo que “o Governo só olha para o futebol” e que tem carências no treino, tendo pedido uma reunião a Luís Montenegro, primeiro-ministro.