O preço do consumo da água, saneamento e resíduos pode variar até mais de 650 euros num consumo anual de 180 metros cúbicos ou até 400 euros num caso de consumo de 120 metros cúbicos por ano.
A DECO PROteste, que esta terça-feira apresenta os dados, alerta que “o fosso de valores pagos pelos portugueses na fatura global da água está cada vez mais profundo”.
“No continente apresenta-se uma diferença crescente entre o mais elevado e mais baixo relativamente a 2023: 6% nos consumos de 120m3 e 4% nos consumos de 180m3”, indica a associação de defesa do consumidor, em comunicado.
Entre os 308 municípios de Portugal, a DECO comprova que uma família em Amarante paga uma fatura global de 494,47 euros por um consumo anual de 120 metros cúbicos, enquanto em Vila Nova de Foz Côa o custo é de apenas 94,09 euros, uma diferença de cerca de 400 euros.
No caso de consumos anuais de 180 metros cúbicos, quem mora no Fundão paga uma fatura de 776,74 euros, enquanto quem reside em Foz Côa apenas 125,92 euros. Ou seja, mais de 650 euros de diferença.
Amarante, Oliveira de Azeméis, Ovar, Albergaria-a-Velha e Baião são os cinco concelhos onde a fatura global de 120 metros cúbicos é mais elevada, enquanto Fundão, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Amarante e Espinho são os municípios com fatura de 180 metros cúbicos anuais de consumo mais elevada.
A DECO PROteste prevê, no entanto, que haja uma maior harmonização tarifária através da atuação da Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) a partir de 2026.