O ataque do Hezbollah matou quatro soldados israelitas e feriu outros 67 na base militar da brigada de elite Golani em Binyamina, perto da cidade de Haifa, no norte de Israel.
Mais tarde, o Hezbollah assumiu a autoria do bombardeamento, salientando que foi uma resposta aos "ataques e massacres" cometidos pelo Exército israelita no Líbano, e advertindo que esta é apenas "uma pequena parte do que o espera" no sul do país.
Na visita à base de treino atingida, o chefe do Governo israelita voltou a referir-se a uma "luta contra o eixo do mal no Irão", como costuma designar a aliança entre a república islâmica, o Hezbollah no Líbano, as milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque, e os rebeldes huthis do Iémen.
"Estamos a travar uma dura campanha contra o malévolo regime do Irão, que quer acabar por nos matar. Não o vão conseguir, continuamos a lutar. Estamos a pagar preços elevados, mas temos grandes conquistas e continuaremos a alcançá-las", declarou o líder israelita no vídeo publicado nas redes sociais.
Netanyahu destacou ainda o "espírito de unidade" entre as tropas do Exército israelita, "que entendem que estão a lutar pelo bem de Israel".
Israel e o Hezbollah trocaram tiros diariamente ao longo da fronteira israelo-libanesa no último ano, quando o grupo armado xiita partiu em apoio do seu aliado Hamas na Palestina, no início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023.
Na ultima quinzena de setembro passado, Israel anunciou que ia deslocar o foco das suas operações militares da Faixa de Gaza para o Líbano e deu início a uma campanha de intensos bombardeamentos no sul do país e nos subúrbios da capital, Beirute, matando o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e numerosos elementos de topo da sua hierarquia.
Desde o início do mês, as forças israelitas lançaram uma invasão terrestre no sul do Líbano, com o objetivo declarado de neutralizar a capacidade do Hezbollah de executar ataques aéreos contra Israel, e onde também se encontra estacionado um contingente militar internacional das Nações Unidas.
Este conflito já matou mais de 2.300 pessoas no Líbano, a maioria das quais nas últimas semanas, segundo as autoridades libanesas, e deslocou cerca de 1,2 milhões de habitantes.