Benfica
05 agosto 2024 às 15h07
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João Neves no PSG por 59,9 milhões de euros: "Se eu quisesse mesmo ir embora..."

O Benfica já comunicou o negócio à CMVM, que pode chegar aos 69,9 milhões de euros se forem cumpridos determinados objetivos. O médio de 19 anos assinou contato com os campeões franceses válido até ao final de junho de 2029.

O Paris Saint-Germain anunciou esta segunda-feira a contratação de João Neves ao Benfica. Os encarnados comunicaram à CMVM que recebe 59.921.587 euros pela transferência, verba à qual pode ser acrescida de uma "remuneração variável" associada a objetivos, pelo que a transferência poderá atingir o montante líquido de 69.908.518 euros.

Numa mensagem gravada antes de deixar o clube que o formou e rumar a Paris, o médio não segurou as lágrimas: "Se eu quisesse mesmo ir embora, e se o Benfica quisesse mesmo que eu fosse embora, já tínhamos resolvido isto há muito tempo. Tentámos até ao máximo e chegámos a um consenso. Achámos o melhor para as duas partes, em termos financeiros é bom para o clube e é bom para mim."

O contrato de João Neves com os campeões franceses é válido até 30 de junho de 2029. “É um grande orgulho para mim ingressar no Paris Saint-Germain, um clube muito ambicioso. Darei tudo para ajudar os meus companheiros, crescer neste clube fantástico e conquistar muitos títulos  ”, disse o médio de 19 anos.

Por sua vez, Nasser Al-Khelaïfi, diretor-geral do PSG, assumiu estar "muito satisfeito" com a contratação de "um dos jogadores mais talentosos de Portugal e do mundo". "O João chega ao Paris Saint-Germain com muita paixão e está determinado a lutar pela nossa camisola, que é o que esperamos de todos os nossos jogadores. Continuamos a construir uma equipa jovem e fantástica no Paris Saint-Germain.”

O jovem, de 19 anos admitiu que o desafio de jogar no PSG "assusta" um pouco, porque significa sair da sua zona de conforto e deixar uma casa onde sempre foi "muito acarinhado". "Vou sair para um país diferente, para uma realidade diferente, língua diferente, ainda não estou muito seguro do que é que eu posso fazer lá, mas vou dar o meu máximo. Essa é a minha natureza, dar o meu máximo onde quer que eu esteja, porque sei que, se der o meu máximo, estarei sempre mais próximo de alcançar os meus objetivos. Tal como fiz aqui desde o início, lá vou fazer também desde o começo", disse o médio algarvio.

Segundo João Neves a saída não foi a pedido nem mediante pressão: "Nunca, nem eu, nem a minha família ligou a quem quer que seja para forçar a minha saída. Nem o Benfica quis que eu saísse. Não foi fácil para o presidente [Rui Costa]. Nas reuniões que eu tive com ele, o presidente estava muito emotivo, porque se tratava de mim. Quando acordámos o momento para eu sair, o presidente meio que mostrou uma lagrimazinha, e eu também, chorámos um bocado os dois. Mas é como já disse, foi bom para o clube. Não há nada acima do clube, nem eu estou acima do clube."

O internacional português confessou que continua a arrepediar-se cada vez que revê os golos marcados nos dérbis da época 2022-23 e o da temporada 2023-24. "Esse foi mais emocionante. Continua a ser um golo de empate, mas foi mais emocionante também porque foi o meu primeiro golo na Luz. E foi novamente aos 90 mais uns minutinhos. Esse golo foi... é o mais especial da minha precoce carreira, porque foi o primeiro golo que eu fiz na Luz. Foi o golo do empate, e a cereja no topo do bolo foi o golo do Casper aos 90'+7'", confessou o agora jovem jogador do PSG, admitindo que esse foi o momento mais marcante de águia ao peito, embora o levantar do troféu do 38.º título tenha dado "muito mais prazer".

E com uma garantia final: "Sou Benfica e serei sempre Benfica! Neste momento o principal é apoiarmos o Benfica ao máximo, todos os jogos, jogo após jogo, derrota, vitória, empate, seja o que for, e vamos lutar até ao fim para sermos campeões!" 

Hoje ainda deve ser oficializado o regresso de Renato Sanches à Luz, num empréstimo que só terá encargos para o Benfica mediate a utilização do médio internacional português. Os encarnados ficam ainda com uma opção de compra válida por 10 milhões de euros, que pode ser exercida no final da época.