FESTIVAL
30 agosto 2024 às 22h52
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Jungle pôs toda a gente a dançar no Meo Kalorama

Banda britânica transformou o palco numa grande discoteca.

Durante 1h15min, não houve quem ficasse parado ao assistir ao concerto dos Jungle, o penúltimo concerto da noite do palco principal do Meo Kalorama esta sexta-feira. Um concerto muito animado em que foi impossível não dançar.

As luzes vermelhas no grande palco dominaram quase toda a apresentação, numa atmosfera que aqueceu a noite cheia de vento deste fim de verão no Parque da Bela Vista, em Lisboa. A abertura foi com o tema Busy Earnin, do álbum que dá nome ao grupo e lançado em 2014. Deste disco, um marco na carreira dos britânicos, tocaram somente mais duas canções: The Heat e Time, logo no início e na metade do concerto, respetivamente.

Jungle
Carlos Pimentel

O trabalho seguinte, For Ever, de 2018, foi lembrado com o clássico Beat 54, Heavy, California e Casio. Do álbum Loving in Stereo, de 2021, All of the Time e Keep Moving marcaram presença, com destaque para Keep Moving, que foi a música de encerramento do concerto 

O que realmente dominou o repertório foram as músicas do álbum Vulcano, lançado no verão de 2023. Todas as faixas foram tocadas e empolgaram o público, demonstrando que os fãs estão atualizados com os novos sucessos. O músico Chanel Tres, que participou de faixas do álbum elogiado pela crítica, fez a participação através dos grandes ecrãs, como no tema  I've Been in Love.

Jungle
Foto de Carlos Pimentel

Os vocalistas Joshua Lloyd-Watson e Tom McFarland arriscaram frases em português como "muito obrigado" e um "tudo bem?", arrancando gritos do público. Afinal, não foi a primeira vez que tiveram à frente uma legião de fãs que falam português. A banda já esteve diversas vezes em Portugal, tanto em festivais -  Nos Alive e Paredes de Coura - , mas também em apresentações a solo, como no Campo Pequeno, no ano passado. 

Já no idioma materno, Tom repetiu diversas vezes que os fãs aplaudissem a os músicos, que realmente "deram tudo" durante a mais de uma hora em que estiveram no palco, com especial destaque para Lydia Kitto. A cantora, que já fazia os back vocals do grupo, teve uma participação mais efetiva no álbum Vulcano, assim como no concerto desta noite. Lydia brilhou não só com a voz suave nas músicas, mas também nas performances dançantes, nos sintetizadores e na guitarra.

Público no Festival Meo Kalorama a assistir ao concerto dos Jungle.
Carlos Pimentel

O concerto desta noite provou que boas bandas são sempre bem-vindas pelo público, mesmo que já os tenham assistido noutras alturas - e que o parque da Bela Vista é um dos melhores sítios de sempre para ver concertos em Lisboa.