Numa exposição patente no Batalha por estes dias, chamam-lhe “um formato impresso esquecido”. Foi muito popular na Europa das décadas de 50 e 60, mas em Portugal não se conhecem registos da sua existência de produção nacional: falamos das cine-fotonovelas, publicações que reaproveitam fotogramas e fotografias de cena com o objetivo de recontar a história de um filme, dentro de um limite, mais coisa menos coisa, de 50 páginas e 300 imagens. Isto é, imagens com balões de diálogo e legendas para a narração; apenas uma variante impressa mais económica do que a novelization (“romantização”) que Quentin Tarantino fez do seu filme Era Uma Vez... Em Hollywood (2019), também ele inspirado pelas publicações baratas que se escreviam a partir de rascunhos de guiões... Caso para dizer que os formatos antigos podem voltar a estar na moda.