Joana Almeida explicou ainda que a Almirante Reis é "um espaço público muito complexo, não só na avenida mas também no subsolo, devido ao Metro de Lisboa e ao saneamento".
"Trata-se de um eixo de cerca de 3 quilómetros, entre o Martim Moniz e o Areeiro, com uma largura de 25 metros, longe dos 60 metros da Avenida da República ou os 60 metros da Avenida da Liberdade", considerou a responsável.
Joana Almeida lembrou ainda o "trabalho minucioso realizado" justificando a importância dos estudos que foram realizados, exemplificando que no subsolo "há zonas em que não se podem plantar árvores devido às infraestruturas" e que tudo foi devidamente considerado.
O facto de o maior volume de tráfego ser entre a Praça do Chile e o Areeiro levou ao traçado projetado, lembrando a vereadora que foi garantida a fluidez do trânsito, considerando também o facto de ser um eixo de acesso a hospitais e de se ter de garantir uma zona viária ciclável e pedonal "com mais segurança".
De acordo com o Projeto Integrado de Requalificação do Eixo da Almirante Reis, as obras devem começar em 2027 e terminar no ano seguinte.
Em novembro de 2022, a Câmara de Lisboa aprovou a metodologia para o desenvolvimento do Projeto Integrado de Requalificação do Eixo da Almirante Reis, prevendo um processo de participação pública para, depois, elaborar o programa de intervenção e iniciar obra em 2025.
Essa proposta surgiu quatro meses após o recuo do presidente da Câmara de Lisboa relativamente à alteração da ciclovia nesta avenida, afirmando que o tema era "demasiado relevante para jogos partidários", tendo retirado a sua proposta de solução provisória para priorizar o projeto de reperfilamento desta artéria.