Começou aos 16 anos na equipa de juvenis do Sarilhense, e com 17 já jogava pela equipa principal na III Divisão nacional. Os responsáveis da CUF viram-lhe qualidades e contrataram-no. Começou nas reservas da equipa do Barreiro, mas no espaço de um ano subiu à equipa principal, tendo ajudado a CUF a atingir um histórico quarto lugar que lhe mereceu a participação na Taça UEFA.
Foi essa grande temporada de 1974-75 que despertou a atenção de vários clubes. O FC Porto também estava interessado, mas o seu sportinguismo, e a premonição da mãe que um dia lhe disse que ia vestir de verde e branco falaram mais alto na hora de escolher.
Em Alvalade viveu muitas glórias, mas sempre destacou três momentos. O dia em que vestiu a camisola do clube pela primeira vez, a tarde em que marcou um dos golos da vitória diante da União de Leiria na época 1979-80, e que permitiu aos leões festejarem o título de campeão. E, claro, provavelmente o seu jogo mais memorável de sempre, o célebre 7-1 aplicado ao Benfica a 14 de dezembro de 1986, tendo sido ele o autor de quatro golos encaixados pelo guarda-redes benfiquista Manuel Bento.
Apesar de destacar este dérbi pelos quatro golos, confessou sempre que nem foi o seu melhor jogo contra o Benfica: "Esse jogo ainda hoje é lembrado pelo resultado que acontece uma vez numa vida. Fiz quatro golos e ficarei na história por isso, mas na minha opinião esse não foi o meu melhor Sporting-Benfica. Para mim, o meu melhor dérbi foi em 1982, quando vencemos por 3-1, com dois golos de Jordão e um meu".
Pela seleção nacional realizou um total de 31 jogos, tendo apontado nove golos pela equipa das quinas. Nunca escondeu, contudo, a sua mágoa por não ter sido convocado para as fases finais do Europeu de 1984 e do Mundial de 1986. A sua primeira chamada aconteceu ainda como jogador da CUF, em 1974, convocado pelo então selecionador José Maria Pedroto.