“É uma imagem realmente comovente”, considerou Fiona Shields, presidente do júri. “Depois de a ver fica gravada na sua mente”, disse. "Funciona como uma espécie de mensagem literal e metafórica sobre o horror e a futilidade do conflito", acrescentou, defendendo que se trata de "um argumento incrivelmente poderoso a favor da paz”.
Lee-Ann Olwage, da África do Sul, ao serviço da GEO, ganhou o prémio de História do Ano com um retrato íntimo de uma família do Madagáscar que cuida de um parente idoso que sofre de demência.
“Esta história aborda uma questão de saúde universal através das lentes da família e dos cuidados”, disseram os juízes. “A seleção de imagens é composta com carinho e ternura, lembrando aos espectadores o amor e a proximidade necessários em tempos de guerra e agressão em todo o mundo”, acrescentaram.
O venezuelano Alejandro Cegarra ganhou o Prémio de Projeto de Longo Prazo com suas vívidas imagens monocromáticas de migrantes e requerentes de asilo a tentar cruzar a fronteira sul do México. A trabalhar para o The New York Times/Bloomberg, a própria experiência de Cegarra como migrante "proporcionou uma perspectiva sensível centrada no ser humano que se centra na agência e na resiliência dos migrantes".
No Formato Aberto, a ucraniana Julia Kochetova venceu com o seu site, que “reúne o fotojornalismo com o estilo de documentário pessoal de um diário para mostrar ao mundo como é viver com a guerra como uma realidade quotidiana”.
As fotos premiadas foram selecionadas entre 61.062 inscrições de 3.851 fotógrafos de 130 países. As fotos estão em exposição em Amsterdão até 14 de julho. Depois farão uma digressão internacional, passando por Portugal entre 29 de julho e 18 de agosto, em Portimão.