Guerra Israel-Hamas
11 maio 2024 às 13h43
Atualizado em 11 maio 2024 às 22h29
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Hamas anuncia morte de refém que mostrou em vídeo

A mensagem era acompanhada por 'hashtags' escritas em árabe e hebraico: "O tempo está a esgotar-se" e "O vosso Governo está a mentir".

O braço armado do movimento islamita Hamas anunciou este sábado a morte do refém que mostrou, mais cedo, num vídeo. Israel não confirma a morte de Nadav Popplewell, de 51 anos e dupla nacionalidade israelita e britânica, detido na Faixa de Gaza desde o ataque de 7 de outubro.

As imagens, que duram cerca de dez segundos e cuja data de gravação não é especificada, mostram um homem com um olho inchado, com um ar abatido e a dizer o seu nome, filmado defronte de uma parede de azulejos brancos, no que parece ser um local escuro.

A mensagem é acompanhada por 'hashtags' escritas em árabe e hebraico: "O tempo está a esgotar-se" e "O vosso Governo está a mentir".

As Brigadas Ezzedine Al Qassam anunciaram num segundo vídeo que o refém havia falecido no sábado e atribuíram a morte "aos ferimentos causados pelos aviões de combate sionistas que bombardearam o local onde estava detido, há mais de um mês".

O vídeo surge no 218.º dia de guerra e no momento em que prosseguem as negociações indiretas entre Israel e o Hamas para garantir uma trégua em Gaza e a libertação dos reféns, depois de as delegações dos países mediadores (Egito, Qatar e Estados Unidos) terem deixado o Cairo na quinta-feira sem terem chegado a um acordo no final das conversações.

O vídeo foi difundido três dias antes de 14 de maio, data da proclamação do Estado de Israel, criado em 1948.

A guerra eclodiu em 07 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados em Gaza levaram a cabo um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, na sua maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.

Mais de 250 pessoas foram raptadas e 128 permanecem em cativeiro em Gaza, 36 das quais terão morrido, segundo o exército israelita.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e libertar os reféns, lançando uma ofensiva que já provocou 34.971 mortos, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita.

Outros vídeos de reféns já foram divulgados por grupos armados palestinianos desde o início da guerra.

Os reféns que falaram nos vídeos anteriores testemunharam as condições em que estavam a ser mantidos e também questionaram as autoridades israelitas.