Óbito
24 março 2024 às 14h35
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Pianista Maurizio Pollini morre aos 82 anos

O pianista italiano Maurizio Pollini, considerado um virtuoso de Chopin e Beethoven, morreu esta sábado aos 82 anos, anunciou o Teatro alla Scala de Milão.

O pianista tinha cancelado uma série de concertos nos últimos anos devido a problemas de saúde.

Para a sala de ópera La Scala, Maurizio Pollini foi "um dos grandes pianistas do nosso tempo e um ponto de referência fundamental na vida artística do teatro durante mais de cinquenta anos".

Entre 1958 e o seu último recital, em fevereiro de 2023, Pollini tocou 168 vezes naquele teatro, além de ter participado num elevado número de conferências e de 'workshops' com estudantes.

"Pollini foi um intérprete capaz de revolucionar a perceção de compositores como Chopin, Debussy e o próprio Beethoven, bem como de trazer para a ribalta as vanguardas, sobretudo Schönberg, e a música contemporânea", noticiou a AFP, citando um comunicado do La Scala.

Em Portugal, Maurizio Pollini atuou no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, pelo menos, em três momentos: 2002, interpretando Chopin e Debussy, em 2007, no âmbito do "Ciclo de piano", colocando em diálogo compositores frequentes na sua trajetória como Karlheinz Stockhausen, Robert Schumann e Ludwig van Beethoven, e em 2009.

Nascido em Milão, em 05 de janeiro de 1942, no seio de uma família de artistas, Maurizio Pollini fez uma entrada "sensacional" no mundo discreto da música clássica em março de 1960, acrescentou a sala de ópera em Milão.

Ganhou o primeiro prémio no Concurso Chopin de Varsóvia, onde, aos 18 anos, era o mais jovem inscrito. Arthur Rubinstein, presidente do júri, elogiou o músico com a seguinte frase: "Ele já toca melhor do que qualquer um de nós!"

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