“Se deixarmos entrar 15% de estrangeiros não haverá casas nem serviços de saúde para todos”, disse o presidente do Chega, André Ventura, este domingo, no início da manifestação convocada pelo seu partido contra o que considera ser a imigração descontrolada e a insegurança nas ruas, e que está a juntar “pelo menos três mil pessoas” em Lisboa.
Ventura garantiu, no entanto, em declarações aos jornalistas que precederam a descida da Avenida Almirante Reis, da Alameda até ao Martim Moniz, que a “maior manifestação de sempre contra a imigração descontrolada” não pretende que Portugal feche as portas à entrada de imigrantes.
Apesar de os milhares de pessoas que compareceram na Alameda, muitos com bandeiras de Portugal, terem repetido “nem mais um” como principal frase de ordem, o líder partidário garantiu que o Chega defende que Portugal deve estar “aberto a quem quer vir por bem”.
Algo que, disse, passa por um sistema de quotas anuais definidas na Assembleia da República, o que Ventura comparou com o que sucede em países como a Suíça e os Estados Unidos.
O líder do Chega criticou “o Estado sem regras que se deixa abandalhar” e disse que “ou acabamos com isto ou não há países nem fronteiras que sobrevivam”. E apontou os casos de França e da Alemanha, sublinhando a alteração recente no controlo de fronteiras nesse último país, como exemplos do que pode suceder a Portugal.
André Ventura está na linha da frente desta manifestação em Lisboa, juntamente com os deputados Pacheco de Amorim, Marta Silva, Rita Matias, Pedro Pinto, Rui Paulo Sousa e Patrícia Carvalho.