O MAS (Movimento Altenativa Socialista) pode mudar de nome. O pedido de alteração foi submetido ao Tribunal Constitucional (TC) por um grupo liderado por Gil Garcia, que se apresenta como a legítima direção do partido. Mas saber quem representa legitimamente o MAS é uma questão que continua em aberto e sobre a qual o TC também terá de se pronunciar. Resta saber se o fará a tempo do fim do prazo da entrega de listas de candidatos às legislativas, que termina no dia 29 de janeiro.
Gil Garcia explica ao DN que o pedido que deu entrada no Palácio Ratton é para que o MAS passe a chamar-se Agora. “A ideia é entrar em linha de conta com as alterações no mundo”, começa por explicar o fundador do MAS, acrescentando que a mudança de nome serve também para evitar confusões com o PS. “Havia quem entrasse em sedes nossas a achar que eram sucursais do Partido Socialista”, garante. “Não queremos ser confundidos com o PS. O Livre é mais próximo do PS do que nós”, diz Gil Garcia para justificar a importância de tirar o socialismo do nome.
Este pedido de alteração do nome do MAS surge, porém, no meio de uma guerra de poder dentro do partido, que se iniciou em julho com acusações de “sequestro de passwords”, “oportunismo” e “sectarismo”, feitas por um grupo liderado por Renata Cambra contra o grupo encabeçado por Gil Garcia, na altura em que o porta-voz do STOP (Sindicato de Todos os Profissionais da Educação), André Pestana, se desfiliou do partido de que era fundador.
A forma como Pestana saiu e o facto de a direção de Renata Cambra (que garante ter sido eleita em Congresso) ter ficado sem acesso às passwords das redes sociais, aos e-mails e às contas bancárias do MAS, fez Cambra denunciar o que dizia ser uma tentativa de usar o partido como embrião para um novo projeto político, o Juntos Vamos Mudar – projeto em cuja página na internet constavam os nomes de vários sindicalistas do STOP.