Guerra na Ucrânia
24 outubro 2024 às 17h34
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UE "profundamente alarmada" com soldados norte-coreanos a combater pela Rússia

Josep Borrell recordou que a decisão de Pyongyang de enviar militares para combater pela Rússia na Ucrânia "constitui uma grave violação da lei internacional, incluindo dos princípios mais fundamentais da Carta das Nações Unidas".

A União Europeia (UE) disse esta quinta-feira estar "profundamente alarmada" com a decisão da Coreia do Norte de enviar militares para combater pela Rússia na Ucrânia e advertiu que o bloco comunitário vai coordenar uma resposta com parceiros.

"A UE está profundamente alarmada com as notícias de que a Coreia do Norte está a enviar tropas para participar na guerra de agressão ilegal da Rússia contra a Ucrânia", disse, em comunicado, o alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell.

Josep Borrell recordou que a decisão de Pyongyang "constitui uma grave violação da lei internacional, incluindo dos princípios mais fundamentais da Carta das Nações Unidas".

"Este ato unilateral hostil da Coreia do Norte tem consequências para a paz e segurança na Europa e global", alertou.

O chefe da diplomacia europeia condenou em nome da União Europeia o "aprofundamento da cooperação militar e transferência de armamento" entre os dois países, que é uma "violação flagrante de múltiplas" resoluções das Nações Unidas.

Josep Borrell diz que a Rússia enviou uma "mensagem clara" ao aprofundar a cooperação militar com a Coreia do Norte a deixar militares norte-coreanos combater na Ucrânia: "Apesar de declarar que está pronta para negociar [um cessar-fogo], a Rússia não está verdadeiramente interessada numa paz justa, compreensiva e duradoura".

O alto representante da UE deixou um aviso: "A União Europeia vai coordenar-se com os parceiros internacionais nesta questão, incluindo em respostas".

Os Estados Unidos da América e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) confirmaram na quarta-feira que pelo menos 3.000 militares norte-coreanos estão a caminho da Rússia para integrar os batalhões que combatem na Ucrânia e para reforçar a presença de Moscovo nos territórios ocupados há mais de dois anos e meio.

A denúncia tinha sido feita inicialmente pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada, quando visitou Bruxelas para participar na reunião do Conselho Europeu e na reunião do Conselho NATO - Ucrânia.

Seul confirmou, entretanto, essa informação, mas a Aliança Atlântica e Washington D.C. só se pronunciaram esta semana.