Esta declaração surge após a informação de duas agências de segurança marítima britânicas dando conta que um navio foi hoje atacado "por dois mísseis" ao largo das costas meridionais do Iémen.
"A tripulação está livre de perigo e o navio dirige-se para o próximo porto de escala", indicou a agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO, na sigla em inglês), sem avançar pormenores.
Uma outra agência de segurança, Ambrey, indicou que o navio graneleiro, com pavilhão das Ilhas Marshall, "visado por mísseis em dois incidentes separados", foi atingido, tendo sofrido danos.
Os Hputhis acusam Washington de não divulgar a identidade dos navios norte-americanos que navegam no Mar Vermelho e de aconselharem as tripulações a içarem o pavilhão das Ilhas Marshall, numa tentativa de evitar ataques das forças que controlam o Iémen.
O porta-voz militar dos Houthis reiterou, no mesmo comunicado, que o novo ataque reivindicado pelos Houthis enquadra-se na campanha militar "de apoio ao povo oprimido palestiniano e em resposta da agressão dos Estados Unidos e do Reino Unido".
Londres e Washington atacaram recentemente posições hutihs do Iémen com 'drones' e mísseis.
O mesmo documento divulgado hoje pelo movimento xiita que controla o Iémen frisa que os Houthis vão continuar a "impedir a navegação israelita, ou com ligações a Israel, no Mar Vermelho ou no Mar Arábico até que termine a agressão contra a Faixa de Gaza".
"Trata-se de um dever moral e religioso", refere o comunicado.
Desde novembro que os rebeldes Houthis dizem desencadear estas ações, no mar Vermelho e no golfo de Aden, contra navios que consideram ligados a Israel para apoiar os palestinianos na Faixa de Gaza, enclave cercado e bombardeado pelas forças israelitas em guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas.
Com Lusa