Mar Vermelho
12 fevereiro 2024 às 09h06
Atualizado em 12 fevereiro 2024 às 11h00
Leitura: 3 min

Houthis reivindicam ataque a navio dos EUA

Porta-voz dos rebeldes do Iémen afirmou que o navio norte-americano Star Iris foi alvo de uma ataque com "uma série de mísseis navais".

Os rebeldes Houthis do Iémen anunciaram esta segunda-feira que atacaram um navio dos EUA no Mar Vermelho. 

"As forças navais das Forças Armadas do Iêmen atacaram o navio norte-americano Star Iris no Mar Vermelho com uma série de mísseis navais adequados", disse o porta-voz dos Houthis, Yahya Saree, citado pela AFP.  Acrescentou que o "ataque foi preciso e direto". 

Esta declaração surge após a informação de duas agências de segurança marítima britânicas dando conta que um navio foi hoje atacado "por dois mísseis" ao largo das costas meridionais do Iémen.   

"A tripulação está livre de perigo e o navio dirige-se para o próximo porto de escala", indicou a agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO, na sigla em inglês), sem avançar pormenores. 

Uma outra agência de segurança, Ambrey, indicou que o navio graneleiro, com pavilhão das Ilhas Marshall, "visado por mísseis em dois incidentes separados", foi atingido, tendo sofrido danos. 

Os Hputhis acusam Washington de não divulgar a identidade dos navios norte-americanos que navegam no Mar Vermelho e de aconselharem as tripulações a içarem o pavilhão das Ilhas Marshall, numa tentativa de evitar ataques das forças que controlam o Iémen.  

O porta-voz militar dos Houthis reiterou, no mesmo comunicado, que o novo ataque reivindicado pelos Houthis enquadra-se na campanha militar "de apoio ao povo oprimido palestiniano e em resposta da agressão dos Estados Unidos e do Reino Unido".

Londres e Washington atacaram recentemente posições hutihs do Iémen com 'drones' e mísseis.  

O mesmo documento divulgado hoje pelo movimento xiita que controla o Iémen frisa que os Houthis vão continuar a "impedir a navegação israelita, ou com ligações a Israel, no Mar Vermelho ou no Mar Arábico até que termine a agressão contra a Faixa de Gaza".

"Trata-se de um dever moral e religioso", refere o comunicado. 

Desde novembro que os rebeldes Houthis dizem desencadear estas ações, no mar Vermelho e no golfo de Aden, contra navios que consideram ligados a Israel para apoiar os palestinianos na Faixa de Gaza, enclave cercado e bombardeado pelas forças israelitas em guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas.

Com Lusa