Mário Jorge, antigo futebolista do Sporting, considerou "redutor" associar o nome de Manuel Fernandes ao póquer de golos apontados num dérbi contra o Benfica, em 1986.
"Foi um marco importante para o Manuel Fernandes, mas penso que é redutor estar a falar só desse jogo. Porque ele foi muito mais do que isso. Fez uma carreira extraordinária na Sporting, ainda continua a ser o segundo melhor marcador da história do clube", disse à agência Lusa o antigo médio, recordando "muitos momentos" vividos com o antigo companheiro, mas admitiu, ainda assim, que "foi este jogo, este póquer que fez contra o Benfica, que as pessoas se recordam mais".
Mário Jorge partilhou o balneário do Sporting com o antigo capitão durante oito anos, o que considera "um privilégio, uma honra", por "poder jogar com um jogador da sua dimensão", que disse ter sido "um grande capitão, um grande jogador e um grande amigo".
"O futebol português ficou mais pobre", desabafou o antigo companheiro de equipa de Manuel Fernandes, que representou o clube de Alvalade durante mais de uma década, depois de ali cumprir, também, a formação.
De resto, quando subiu a sénior, "com o Carlos Xavier", Mário Jorge diz ter tido "sempre um tratamento privilegiado" e não hesitou em 'responsabilizar' Manuel Fernandes pela carreira de sucesso que ambos tiveram.
"Havia um grande carinho pelos jogadores formados no Sporting e o Manuel foi sempre um grande conselheiro, sempre nos indicou o bom caminho. Não foi por acaso que eu e o Carlos [Xavier] fizemos uma carreira no Sporting, sempre a lidar com a presença do Manuel Fernandes, porque foi um capitão exemplar", destacou.