Líbano
30 julho 2024 às 21h41
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Israel visa comandante do Hezbollah no sul de Beirute

Retaliação pelo ataque que matou 12 crianças. Ataque com drone matou pelo menos uma pessoa, mas terá falhado o alvo principal, segundo a organização xiita.

Pelo menos uma mulher morreu e várias outras pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico, no ataque de ontem lançado por Israel na zona sul de Beirute, no Líbano, contra um comandante do Hezbollah.

O ataque e o alvo foram assumidos pela própria Defesa de Israel. Fonte desta organização apoiada pelo Irão adiantou à agência France-Presse (AFP) que o comandante militar Fouad Chokr sobreviveu ao ataque. Fora alvejado por Telavive como resposta a um bombardeamento do movimento xiita, sábado, nos Montes Golã sírios anexados, que custou a vida a 12 crianças.

Segundo Agência Nacional de Notícias libanesa, citada pela agência Efe, o ataque aos subúrbios a sul de Beirute conhecidos como Dahye - um importante bastião do grupo xiita Hezbollah - foi realizado com uma aeronave não tripulada (drone) que lançou três rockets contra o edifício denominado Al Rabiaa, “que era o alvo do bombardeamento hostil em torno do Hospital Bahman”.

O Exército israelita confirmou o ataque a disse que teve como alvo um líder pró-iraniano do Hezbollah considerado responsável pelo ataque mortal nos Montes Golã, que Telavive atribuiu ao movimento xiita.

Apesar de o número oficial dar conta de uma mulher morta, fonte próxima do Hezbollah citada pela AFP referiu a existência de pelo menos dois mortos neste ataque. Já a agência Efe confirmou ontem à noute, no local, que continuavam em curso operações de resgate no edifício atacado por Israel.

Um grande número de ambulâncias e equipas da Defesa Civil libanesa estavam na zona do ataque ao edifício, junto ao Hospital Bahman, onde se encontravam pessoas a dar sangue aos feridos.

Israel prometera responder duramente ao ataque de sábado do Hezbollah, provocado pelo impacto de um rocket contra um campo de futebol onde brincavam crianças e adolescentes, matando doze, todos entre os 10 e os 16 anos.

A comunidade internacional, especialmente os EUA, está a mediar para que a resposta seja contida e não conduza a uma guerra aberta na fronteira entre Israel e o Líbano.