O Tribunal Administrativo de Lisboa vai pronunciar-se esta sexta-feira sobre uma intimação para a defesa de direitos, liberdades e garantias interposta por Mário Machado contra a decisão da Câmara de Lisboa (CML) de proibir a manifestação contra a islamização da Europa no sábado, no Martim Moniz. Num chat do Telegram, do Grupo 1143, Machado anunciou que se a decisão não for favorável às suas pretensões, o protesto vai realizar-se noutro local da cidade.
“Independentemente da decisão, vamos sempre marcar presença dia 3 de fevereiro pelas 18.00 horas em Lisboa”, escreveu o neonazi, que voltará este mês ao banco dos réus para responder por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência nas redes sociais. Ao que o DN apurou, Mário Machado já terá comunicado à CML que esse local será o Largo Camões.
Machado, que é um dos fundadores do grupo de skinheads Hammerskins em Portugal, tem um longo histórico de participação em ações racistas e xenófobas, incluindo nos incidentes da noite de 10 de junho de 1995, que acabou com a morte do cabo-verdiano Alcindo Monteiro.