O Climáximo contestou este domingo a detenção, em Lisboa, de duas apoiantes que tiravam fotos à ponte da EDP junto ao museu MAAT, pintada pelo movimento, e às quais alegadamente foram apreendidos os telemóveis e os sapatos.
A Lusa contactou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, que disse não ter conhecimento do caso, e tentou, sem sucesso, contactar o porta-voz da estrutura policial.
Em comunicado, o movimento disse que duas apoiantes foram detidas e levadas para uma esquadra em Belém "por tirarem fotos à ponte da EDP sobre o MAAT [Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia]".
O Climáximo acusou a polícia de ter apreendido os telemóveis e os sapatos das ativistas, referindo estar em causa "um crime contra a liberdade".
Um grupo de apoiantes do movimento Climáximo escreveu hoje a frase "Fechar centrais de gás" na ponte do museu MAAT e atirou tinta vermelha contra a sede da EDP, também em Lisboa.
O movimento referiu que as duas apoiantes foram, inicialmente, abordadas por uma agente da polícia à paisana, tendo sido depois revistadas e "detidas ilegalmente por 'suspeita ao crime de dano'".
De acordo com a porta-voz da Climáximo, Mariana Rodrigues, citada na nota, foram apreendidos os telemóveis e os sapatos das duas apoiantes do movimento.
"Esta é a segunda vez que pessoas são detidas ilegalmente num evento desportivo da EDP", notou, referindo-se à Meia Maratona de Lisboa, patrocinada pela elétrica.
O coletivo exige o encerramento das centrais de produção de eletricidade através de gás fóssil ainda este ano, através da adaptação da rede elétrica e de "um 'mix' energético renovável".
Para isso, conforme defendem, é necessário criar "milhares de novos postos de trabalho público" nas áreas do clima e das energias renováveis.
Nas últimas duas semanas, além do protesto contra a EDP, os ativistas disseram ter estado presentes no Aeroporto de Lisboa, contra a construção de um novo aeroporto, e no Campo de Golfe de Oeiras.
Paralelamente, marcaram presença, em vários momentos, durante a campanha eleitoral, no dia de reflexão e na noite de eleições.
A Lusa contactou a EDP, que não quis comentar o caso.