O Ministério Público está a investigar suspeitas de crimes na contratação pública de bens e serviços que envolvem a Direção de Sistemas e Tecnologias de Informação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A informação é avançada na edição desta segunda-feira do jornal Público, que dá conta que os contratos públicos da Santa Casa na área de informática passaram de 89 milhões de euros entre 2010 e 2016 para 225 milhões de euros entre 2017 e 2023.
O jornal refere que um dos casos que está em investigação diz respeito à aquisição da plataforma que serve de base a aplicações das lotarias e de várias funções de jogos sociais. Uma plataforma que já custou cerca de 12 milhões de euros à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa desde que foi adquirida, em 2019, escreve o Público.
Diz a mesma publicação que a aquisição desta plataforma obrigou a Santa Casa a fazer vários concursos públicos, sempre ganhos pela mesma empresa. Está também sob suspeita que a Santa Casa tenha, em alguns casos, lançado concursos feitos à medida.
O Ministério Público já tinha aberto um inquérito à internacionalização dos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cuja gestão vai ser alvo de escrutínio na Comissão Parlamentar de Inquérito.