Cidadão estrangeiro detido
14 maio 2024 às 09h33
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PJ desmantela estrutura que criava burla “Olá Mãe/Olá Pai”

PJ deteve um cidadão estrangeiro, de 38 anos, pela prática do crime de burla qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais, na sequência de uma denúncia recebida em janeiro.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta segunda-feira um cidadão estrangeiro, de 38 anos, pela prática do crime de burla qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais, na sequência de uma denúncia recebida em janeiro, tendo por base o fenómeno conhecido por “Olá Mãe/Olá Pai”.

Foram ainda constituídas arguidas e aplicado termo de identidade e residência a duas mulheres, esposa e filha do detido, indiciadas pela coautoria do mesmo crime.

“O desenvolvimento das diligências realizadas pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ permitiu identificar coincidências e apensar mais sete inquéritos, notando-se a utilização massiva de números de telemóveis irrepetíveis, de operadoras nacionais, para a prática deste tipo de ilícito, o que espoletou alertas e obrigou ao recurso a meios especiais de obtenção de prova”, indica a PJ em comunicado enviado às redações.
 
No decorrer da operação, a PJ apreendeu 49 modems, que acoplavam 32 cartões SIM por aparelho, o que significava que operavam 1568 cartões em simultâneo. “Esta capacidade, num primeiro momento, permitia a criação de milhares de contas, principalmente no WhatsApp, bem como a remessa/receção de mensagens na ordem dos milhares por dia, através da fraude ‘olá pai, olá mãe’ e outros fenómenos de burlas em ambiente digital”, explicou a PJ.

Segundo esta polícia, registou-se um padrão repetido com a utilização massiva de milhares de cartões, como se depreende da apreensão de 32 mil cartões já utilizados nas práticas criminosas. Foi ainda identificada a interação com terceiros, em rede, sendo recolhida prova de suspeitos residentes num país do Centro da Europa.

As diligências de investigação permitiram identificar o local onde estava montada a estrutura informática e de comunicações, onde o detido reside, que assim foi desmantelada pela PJ.

O detido será presente às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.