O seu estado de saúde piorou entretanto (estava em morte cerebral) e levou uma das filhas a recorrer às redes sociais para anunciar que a situação era muito grave e que o pai estava num estado irreversível.
António Pacheco, que representou seis vezes a seleção nacional, começou a carreira no Torralta, clube de onde se transferiu para o Portimonense em 1986-87. Destacou-se no clube algarvio e acabou por ser contratado pelo Benfica, onde durante seis temporadas conquistou dois campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Participou ainda em duas finais europeias, mas perdeu ambas - PSV e AC Milan.
Em 1993 foi protagonista de uma das transferências mais controversas e polémicas do futebol português. No célebre verão quente de 1993, juntamente com Paulo Sousa, decidiu rescindir de forma unilateral o contrato com o Benfica e assinou pelo Sporting, reclamando salários em atraso.
Representou o clube de Alvalade durante duas épocas, conquistando mais uma Taça de Portugal, mas perdeu espaço nos leões com a chegada de Carlos Queiroz a treinador.
Antes de terminar a carreira representou ainda o Belenenses, a Reggiana, o Santa Clara, o Estoril e o Atlético, onde terminou a carreira em 2001.
Extremo esquerdo, destacou-se pela velocidade, boa técnica e pontapé forte, e pela facilidade nos cruzamentos. Chegou a exercer funções de treinador no Atlético e no Portimonense.
A troca para o rival, e pelos motivos descritos, não caiu muito bem na Luz. E durante muitos anos demorou a ser perdoada. As pazes definitivas, aliás, só aconteceram em 2018, 25 anos depois, num anúncio publicitário do clube da Luz que mostrava Rui Costa, Mozer, Rui Águas e outros a receberem-no de braços abertos.
"Tinha a consciência de que seria uma mudança polémica mas enquanto profissionais deixamos a parte da paixão um pouco de lado. Apesar da minha decisão, senti-me sempre benfiquista, sou sócio há 31 anos, mantive-me sempre como sócio. Os meus filhos são sócios desde que nasceram. (...) Não tenho como intenção abrir portas para voltar ao Benfica, não sinto necessidade de voltar porque já sou do Benfica, não quero tachos. Não me foi proposto pelo clube qualquer tipo de pagamento por este maravilhoso anúncio, apenas me pediram as despesas e eu recusei, o Benfica não tem de me pagar nada, vim porque gosto. Fiz esta campanha para fazer as pazes comigo próprio. Só pelas pessoas que participaram já viria, são colegas meus com quem passei mais horas do que com elementos da minha família", referiu na altura à BTV.