Centenas de pessoas juntaram-se esta sexta-feira na Basílica da Estrela para prestar uma última homenagem a Marco Paulo. Entre elas contou-se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que recordou a paixão que o cantor tinha pela vida.
“Hoje é um dia triste, mas ele marcou gerações e gerações de portugueses, desde as décadas de 1970 e 1980. Não é por acaso que estão aqui filas para prestar homenagem, porque não o esquecem. Ele tinha um grande coração, era um corajoso resistente contra as doenças que teve e nunca perdeu a esperança de viver, e cantando, como se fosse cantar para o resto da vida indefinidamente. Nesse sentido, deu muita felicidade a muitos portugueses durante muito tempo”, afirmou o Presidente da República, à saída da Basílica da Estrela onde o cantor esteve em câmara ardente. “Era um homem com sentido de humor e com alegria de viver, mesmo quando estava doente e passou pior. Ele tinha uma abertura e uma disponibilidade... não se imagina as pessoas que ele ajudou na vida. Muita gente ficou feliz, sem que se soubesse da ajuda dele. Estava sempre disponível para a uma palavra quando era necessário”, prosseguiu o chefe de Estado.
Marcelo salientou ainda que o cantor será eterno: “Habituámo-nos a considerar que ele estaria sempre cá, e esteve até há poucas semanas. Mesmo doente, insistia em estar presente. Partiu, mas não partiu.”
O Presidente, recorde-se, condecorou o cantor com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelos seus 50 anos de carreira, numa cerimónia no Palácio de Belém, em maio de 2022.
O corpo de Marco Paulo esteve em câmara ardente entre as 16.00 e as 22.00 horas e estará novamente hoje entre as 09.00 e as 12.00. O funeral terá início às 14.30 deste dia, com missa de corpo presente, seguindo depois para o Cemitério dos Prazeres, também em Lisboa.
O artista morreu na quinta-feira, aos 79 anos, depois de uma longa batalha contra o cancro.