O Irão lançou este sábado um ataque concertado contra Israel, com drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. A ofensiva iraniana atingiu território israelita perto da meia noite (hora portuguesa). “O Irão lançou UAVs de seu território em direção ao território do Estado de Israel”, disse o porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, num comunicado televisionado, depois do The Times of Israel ter noticiado que havia dezenas de drones iranianos a caminho de território israelita. Mais tarde viria a confirmar que foram também lançados mísseis balísticos e de cruzeiro.
As sirenes começaram a tocar por volta das 22.30 de Lisboa em Snir, uma cidade no norte de Israel, devido a um ataque vindo do Líbano, segundo o The Times of Israel. Pouco depois o Hezbollah anunciou em comunicado que disparou dezenas de rockets em direção a instalações militares israelitas nos Montes Golã esta noite.
Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, disse em conferência de imprensa que a maioria dos mísseis foi intercetada fora do espaço aéreo israelita através do sistema de defesa aérea Arrow. Hagari confirmou ainda que uma base militar israelita foi atingida e sofreu “danos ligeiros”. Uma verão diferente da manifestada na agência de notícias estatal iraniana IRNA, que noticiou "sérios danos" que foram infligidos à base.
Perto das 02.00 da manhã em Lisboa, as Forças Armadas de Israel informaram a população israelita de que já não precisava manter-se perto dos abrigos, segundo o Times of Israel. O aviso poderia significar o final do ataque, que até então fizera apenas um ferido grave, uma criança de 10 anos. "O rapaz está em estado grave” foi atingido por estilhaços depois de a defesa antiaérea ter intercetado um drone sobre uma localidade beduína perto da cidade israelita de Arad, no sul de Israel. Ainda assim, foram várias as explosões ouvidas por várias partes de Israel, deixando antever a possibilidade de o balanço ser mais pesado, à medida que amanheça, este domingo.
Assim que o ataque foi noticiado, Israel (asism como a Jordânia, o Líbano e o Iraque) fechou o espaço aéreo e Benjamin Netanyahu reuniu o gabinete de guerra, que aprovou pouco depois uma resposta "sem precedentes" ao ataque iraniano. O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak manifestaram apoio público de imediato e condenaram os ataques, assim como o Governo português, através do primeiro-ministro Luís Montenegro.
Os aliados americanos e britânicos estiveram mesmo envolvidos na ajuda às forças israelitas para a interceção dos drones.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se no domingo, a pedido de Israel, que através do representante voltou a criticar António Guterres.