"A sinagoga de Derbent está a arder", escreveu no Telegram o presidente do conselho público da Federação das Comunidades Judaicas da Rússia, Boruch Gorin. "Não foi possível extinguir o fogo. Morreram dois homens: um polícia e um guarda."
A sinagoga de Makhachkala também foi posta em chamas e ardeu", acrescentou. Gorin escreveu que, em Derbent, os bombeiros tinham sido aconselhados a abandonar a sinagoga em chamas devido ao risco de "os terroristas permanecerem no interior". Disse ainda: "Há tiroteios nas ruas à volta da sinagoga."
O líder do Daguestão, Sergei Melikov, escreveu no Telegram: "Esta noite, em Derbent e Makhachkala, desconhecidos (atacantes) fizeram tentativas para desestabilizar a situação na sociedade. "Foram confrontados por agentes da polícia do Daguestão."
Em abril, os serviços de segurança russos FSB afirmaram ter detido quatro pessoas no Daguestão por suspeita de terem planeado um ataque mortal à sala de concertos Crocus City Hall, em Moscovo, em março, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Em outubro, uma turba invadiu o aeroporto da capital com o intuito de atacar judeus na sequência de um rumor sobre a chegada de um avião oriundo de Israel.
Sabe-se que militantes do Daguestão viajaram para se juntarem ao grupo Estado Islâmico na Síria. Em 2015, o grupo declarou ter estabelecido uma "franquia" no Norte do Cáucaso.
O Daguestão situa-se a leste da Chechénia, onde as autoridades russas lutaram contra os separatistas em duas guerras brutais, primeiro em 1994-1996 e depois em 1999-2000.
Após a derrota dos rebeldes chechenos, as autoridades russas têm estado envolvidas num conflito latente com militantes islamistas de todo o norte do Cáucaso, que já matou muitos civis e polícias.