António Costa prometeu ser “o presidente do Conselho Europeu e de todos os que estão no Conselho”, prometendo procurar consensos.
“Toda a gente sabe a minha família política. O Presidente do Conselho tem de se saber colocar acima das famílias políticas. É necessário contribuir para que os consensos se formem. É o trabalho que nós temos de fazer. Presidente do Conselho tem de ser o presidente do Conselho de todos os que estão no Conselho”, afirmou esta sexta-feira aos jornalistas após uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra da Estónia e futura alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas.
“Uma das grandes qualidades da União Europeia é ser uma união de vários Estados, todos eles Estados de direito e com governos eleitos democraticamente, fruto da vontade popular. O presidente do Conselho tem de respeitar todos”, acrescentou, prometendo priorizar “a vontade do Conselho” em detrimento da “vontade individual” em matérias como alargamento e imigração.
António Costa desvalorizou ainda o voto contra da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, com a qual espera contar. “A primeira-ministra de Itália disse publicamente motivos de voto contra. Conselho não é agremiação de tecnocratas, todos têm a sua família política. Compreendo perfeitamente o voto da primeira-ministra de Itália, com a qual conto”, vincou, expressando o desejo de estreitar relações com o Reino Unido.
Até assumir funções, no início de dezembro, o ex-primeiro-ministro diz que se vai preparar e começar a pensar como vai organizar “gabinete tendo em conta a agenda estratégica e falar com todos os líderes de forma a ver como podemos melhorar os métodos de trabalho”.
“Desejo conseguir que tudo funcione bem. Temos a vantagem de termos aprendido com todas as experiências anteriores. Estive muitos anos no Conselho como ministro da Justiça, ministro da Administração Interna e primeiro-ministro”, recordou.