Venceu o Racing Power
11 maio 2024 às 16h05
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Benfica ainda sofreu mas é tetracampeão de futebol feminino

Depois da Supertaça e da Taça da Liga, águias vencem mais um campeonato e ainda podem conquistar a Taça de Portugal esta época.

A equipa de futebol feminino do Benfica sagrou-se este sábado tetracampeã nacional, ao receber e vencer o Racing Power no Seixal, por 2-1, em jogo da última jornada da Liga BPI. Um golo de Carole Costa de grande penalidade colocou as águias em vantagem ainda na primeira parte, mas perto do fim o Racing Power empatou a partida e ainda deixou a festa em risco. Valeu, contudo, outra grande penalidade apontada por Carole Costa já no tempo extra para fazer rebentar os festejos.

Este é um novo troféu que comprova o dominío das águias na modalidade - esta temporada já ganharam também a Supertaça, a Taça da Liga e podem ainda vencer a Taça de Portugal.

Este é o quarto título de campeão nacional consecutivo conquistado pela equipa agora treinada por Filipa Patão, depois dos troféus levantados em  2020-2021, 2021–2022 e 2022-2023.

Já o Sporting, que chegou à última jornada ainda a lutar pelo título, mas que precisava de uma escorregadela das águias, venceu fora o Damaiense, por 2-0, e terminou a Liga BPI na segunda posição, com 54 pontos, menos dois do que o Benfica. Mas por momentos, quando o Racing Power empatou, ainda acreditou que seria possível.

Num jogo com casa cheia (2700 espetadores), a capitã Carole Costa, aos 39 e 90+1 minutos, fez os golos das águias, ambos na conversão de penáltis, desempatando a igualdade conseguida por Lúcia Lobato, aos 85, que deixava a revalidação do título benfiquista em risco.

A depender apenas de si para se sagrar campeão, o Benfica assumiu o jogo desde o apito inicial, criando várias ocasiões para inaugurar o marcador. Nos momentos de pressão mais intensa valeu ao Racing Power a atuação da guarda-redes Michaely Bihina.

Kika Narareth, com remates perigosos aos três e 20 minutos, e Chandra Davidson, aos 30, visaram a baliza adversária, mas não conseguiram desfeitear a camaronesa, que só da marca dos 11 metros viria a permitir que as 'águias' chegassem ao golo ainda antes do intervalo.

Antes do penálti convertido, aos 39 minutos, pela capitã Carole Costa, que provocou a primeira 'explosão' de alegria no Seixal, a árbitra Sara Alves, que assinalou uma infração de Babi sobre Andreia Faria, confirmou a sua decisão inicial, depois de rever o lance por indicação do videoárbitro (VAR).

No reatamento, aos 46 minutos, o Benfica volta a celebrar num lance em que Chandra Davidson introduz a bola na baliza, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo da jogadora 'encarnada', depois de Sara Alves consultar o VAR.

Em desvantagem no marcador e sem nada a perder, o Racing Power começou a subir mais no terreno e, num desses momentos, aos 66 minutos, beneficiou de um livre em zona frontal que só não resultou em golo porque o remate de Gerda Konst saiu perto do poste esquerdo da baliza de Lena Pauels.

Após o aviso, o Racing Power chegou ao golo por intermédio de Lúcia Lobato, aos 85 minutos. Na sequência de um livre muito longe da grande área, a defesa surgiu ao segundo poste e encostou para o golo do empate, que ameaçava a conquista do título nacional.

A resposta das 'águias' não demorou e, depois de uma falta cometida sobre Lúcia Alves no interior da área, as anfitriãs dispuseram de um penálti para a voltar à frente do marcador. Aos 90+1 minutos, Carole Costa assumiu a responsabilidade e 'bisou' no jogo, dando a vitória e o tetracampeonato às benfiquistas.